13/09/2018

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HOJE NO 
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Novo “crash”
Lisboa pode perder 474 milhões, 
outras 278 cidades 89 mil milhões

A capital portuguesa tem uma perda potencial na produção de riqueza de 474 milhões de euros com um “crash” dos mercados financeiros, avança um estudo da Lloyd’s e da MDS. O Porto recebe esta quinta-feira mais de 100 gestores e especialistas em risco de quatro continentes.

A cidade de Lisboa tem uma perda potencial na produção de riqueza superior a mil milhões de dólares (862 milhões de euros). O principal risco é a ocorrência de um novo "crash" dos mercados financeiros, cuja perda potencial poderia atingir os 550 milhões de dólares (474 milhões de euros), seguindo-se, numa escala bem inferior, as inundações, os ataques cibernéticos, as pandemias humanas e um choque nos preços das matérias-primas.
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Esta é uma das conclusões do estudo sobre o risco das cidades, desenvolvido pelo Lloyd’s e pela multinacional portuguesa MDS ("braço" segurador do grupo Sonae), em parceria com a universidade de Cambridge, que analisou o impacto de 22 riscos sobre o PIB em 279 das mais importantes cidades do mundo, que juntas geram 41% da produção económica global.

Segundo este estudo, as perdas potenciais de produção de riqueza a nível mundial ascendem a 546,5 mil milhões de dólares (470,9 mil milhões de euros), no conjunto das cidades analisadas. As ameaças pela mão do homem representam 59% de todo do risco, com as ameaças naturais a serem responsáveis por 41% das perdas potenciais.

O "crash" do mercado financeiro é a maior ameaça, representando 103,3 mil milhões de dólares (89 mil milhões de euros).

"A maior parte do risco está concentrada em poucas cidades, já que apenas 10 cidades representam quase um quarto do montante apurado", revela o estudo. Tóquio tem a maior perda potencial de produção de riqueza, estimada em 24,3 mil milhões de dólares (21 mil milhões de euros).

Segundo o estudo, denominado Lloyd’s City Risk Index, uma maior resiliência pode impedir perdas de 73,4 mil milhões de dólares (63,2 mil milhões de euros) nas cidades. "Embora nenhuma cidade possa ser completamente livre de risco, o índice mostra que uma gestão de riscos activa pode minimizar o efeito sobre o PIB, sendo importante tomar medidas preventivas de mitigação de risco", alerta o Lloyd’s e a MDS, que é o único "broker" do Lloyd’s de origem portuguesa.

Porto recebe gestores de risco de todo o mundo esta quinta e sexta-feira

Um estudo que estará em discussão entre os mais de 100 gestores e especialistas em risco dos quatro continentes que se reúnem hoje e amanhã na cidade do Porto, para debater os principais riscos que as empresas enfrentam e as principais tendências na actividade de gestão de risco.

Pela primeira vez na sua história, a ALARYS - Asociación Ibero Americana de Administradores de Riesgos y Seguros escolheu a Europa para realizar o seu congresso anual, no caso do Porto em conjunto com a Apogeris - Associação Portuguesa de Gestão de Riscos e Seguros.

Entre os participantes contam-se "chief risk officers" e gestores de risco de destacadas empresas da América Latina e Europa, bem como presidentes das principais associações de gestores de risco da Europa e da América Latina, representantes de seguradoras e corretores, e executivos da área financeira.

"As empresas estão hoje expostas a um conjunto crescente de riscos que põem em causa a continuidade da sua actividade. Por isso, a gestão de risco é hoje fundamental para a sustentabilidade das empresas, devendo ocupar uma importância crescente nas decisões de gestão, nomeadamente ao nível de investimentos e desenvolvimentos operacionais", defende Jorge Luzzi, presidente da ALARYS e da Apogeris.

"Infelizmente ainda há muitas empresas e organizações que não se preocupam em gerir os riscos a que estão expostas, sendo que esta situação torna real a ameaça à sua sustentabilidade", alerta Luzzi.

* Nós que de literacía financeira somos pouco esclarecidos andamos a dizer há dois anos estarmos contra as euforias e folclores financeiros e que era melhor terem todos muito cuidado com os tostões. Agora deve estar próximo um tsunami de grau máximo para os mercados já estarem a assustar desta maneira. É claro se os mercados mais fortes "engriparem" o português contrai tuberculose.

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