HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Militares detidos "movidos por ódio
. patológico e irracional",
diz Ministério Público
Sete militares foram detidos esta quinta-feira no âmbito do processo da morte de dois recrutas do 127º curso de comandos
A
procuradora do processo do caso das mortes dos militares no curso dos
Comandos, Cândida Vilar, disse num despacho do Ministério Público que os
militares detidos esta quinta-feira trataram "os instruendos como
pessoas descartáveis."
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No documento citado pelo Expresso
a procuradora refere que face às suspeitas da prática dos crimes de
abuso de autoridade por ofensa à integridade física, "à personalidade
dos suspeitos, movidos por ódio patológico, irracional contra os
instruendos, que consideram inferiores por ainda não fazerem parte do
Grupo de Comandos, cuja supremacia apregoam, à gravidade e natureza dos
ilícitos" o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa
entende que existem os "perigos de continuação da atividade criminosa e
de perturbação do inquérito."
Sete
militares dos comandos foram detidos esta quinta-feira no âmbito da
investigação da morte de Hugo Abreu e Dylan Silvados, dois recrutas do
127º curso dos Comandos,
A
Procuradoria-Geral da República disse, esta quinta-feira, num comunicado
que foram emitidos mandados de detenção ao diretor da prova, ao médico e
a cinco instrutores.
No mesmo
comunicado a PGR disse que "estes militares são suspeitos da prática de
crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física"
Os
detidos já foram transferidos para o Estabelecimento Prisional Militar
de Tomar onde aguardam pelo primeiro interrogatório judicial no decurso
do inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação penal
(DIAP) de Lisboa.
Dois militares
morreram na sequência do treino do 127º Curso de Comandos na região de
Alcochete, no distrito de Setúbal e vários outros tiveram de receber
assistência hospitalar.
* Os cursos de Comandos foram recheados de violência desde a sua génese. É a "mística" com que cursos após cursos se enredaram os instruendos para lhes dar uma imagem cheia de nada.
Entendemos que possivelmente existe a necessidade de militares altamente treinados para situações extremas de combate no exército português, mas a que preço.
Sabemos que na instrução de tropas de elite em exércitos estrangeiros também se morre e muito, não nos consola.
Não devemos esquecer que quem se inscreve num curso de Comandos é voluntário e já ouviu falar cruelmente da rudeza do treino.
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