HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Notícia da TVI
não "determinou" resolução
O relatório
preliminar da comissão de inquérito ao Banif, a cargo do deputado do PS
Eurico Brilhante Dias, diz que a notícia da TVI de 13 de dezembro sobre o
Banif não é verdadeira mas a mesma não "determinou" a resolução do
banco.
"A notícia não é verdadeira,
criou um 'stress' na liquidez do banco, mas não é possível concluir que
a notícia da TVI24, por alguma razão, determinou a resolução do Banif",
advoga o texto, a que a agência Lusa teve acesso.
O
deputado responsável pelo relatório final da comissão esteve hoje mais
de 30 minutos a apresentar aos jornalistas a versão provisória do texto,
em conferência de imprensa na Assembleia da República, sendo que o tema
da TVI foi apenas superficialmente abordado.
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O
texto, de mais de 400 páginas, dedica todavia amplo espaço à matéria:
"A notícia da TVI24, mesmo considerando as atualizações que sofreu
durante a noite, não encontrava adesão àquilo que podemos denominar de
verdade aristotélica: quer isto dizer, que o afirmado não tinha
correspondência com o estado das coisas que procurava descrever", advoga
o deputado relator.
Apesar de "ter
sido reiterado" pelo diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo,
"que os visados na notícia foram contactados previamente, essa ação não
foi confirmada pelos representantes do Banco de Portugal, e do
Ministério das Finanças", frisa ainda Eurico Brilhante Dias.
A
estação de Queluz de Baixo noticiou a 13 de dezembro de 2015 (um
domingo à noite) que o Banif ia ser alvo de uma medida de resolução, e
tal notícia terá precipitado a corrida aos depósitos, cuja fuga foi
próxima de mil milhões de euros na semana seguinte, segundo revelaram no
parlamento vários responsáveis.
Ao
longo da noite houve vários rodapés a passar na TVI24, e o diretor de
informação revelou no parlamento que uma carta enviada pelo Banco de
Portugal (BdP) para o Ministério das Finanças foi a "peça mais
importante" para a elaboração e publicação da notícia sobre a resolução
do Banif.
Eurico Brilhante Dias começou
por referir na conferência de imprensa de hoje que procurou encontrar
respostas para três grandes temas: a injeção pública de 1,1 mil milhões
de euros em janeiro de 2013, o prazo de então até dezembro de 2015 onde
não foi aprovado um plano de reestruturação do Banif em Bruxelas, e a
resolução do banco e as decisões que levaram a nova injeção financeira,
desta vez no total de três mil milhões de euros.
Na
segunda-feira haverá uma reunião da comissão para a apresentação do
relatório e depois haverá um dia para serem apresentadas as propostas de
alteração antes da reunião de 28 de julho para a votação final do
texto.
As audições da comissão de
inquérito terminaram a 21 de junho com a presença no parlamento do
ministro das Finanças, Mário Centeno.
Em
20 de dezembro de 2015, domingo ao final da noite, Banco de Portugal e
Governo anunciaram a resolução do Banif, a venda de alguns ativos ao
Santander Totta e a transferência de outros (muitos deles 'tóxicos')
para a sociedade-veículo Oitante.
A
operação surpreendeu pela dimensão do dinheiro estatal envolvido, que no
imediato foi de 2.255 milhões de euros, o que obrigou a um orçamento
retificativo.
A este valor há ainda que
somar a prestação de garantias de 746 milhões de euros e a perda dos
cerca de 800 milhões de euros que o Estado tinha emprestado em 2012 e
que não tinham sido devolvidos.
* Há banqueiros ridículos! As únicas causas da resolução dum banco são a gestão incompetente ou criminosa, Portugal tem exemplos para dar e vender.
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