HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Portugal classifica de “inaceitável”
. discriminação de trabalhadores europeus
Ministra da Administração Interna, em resposta ao Económico, avisa que a reposição de controlos nas fronteiras internas pode “comprometer o próprio funcionamento do mercado interno”.
“O Governo português rejeita frontalmente qualquer medida que viole o
princípio fundador da União Europeia da proibição de discriminação dos
trabalhadores europeus em razão da nacionalidade, pelo que qualquer
exigência a este respeito é inaceitável”, refere Constança Urbano e
Sousa, em declarações por escrito ao Diário Económico.
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A ministra da Administração Interna reagia, assim, a uma das
exigências – acesso condicionado de imigrantes europeus aos apoios
sociais britânicos – que Londres fez a Bruxelas para renegociar as
futuras relações entre dois blocos tendo como horizonte o referendo para
a ‘Brexit’ (saída do Reino Unido da UE).
A exigência é, aliás, um dos
pontos controversos a que dá resposta a carta do presidente do Conselho
Europeu Donald Tusk, conhecida hoje. Nessa contraproposta, a UE cede a
Londres e admite uma "cláusula travão", para circunstâncias
"excepcionais", que permite a um país cortar no acesso dos imigrantes
aos Estado Social. E admite-se que o Reino Unido já está a viver essa
situação "excepcional". Sobre a última proposta do Conselho a Londres,
que será debatida na próxima cimeira europeia de 18 e 19 de Fevereiro, o
Governo português ainda não se pronunciou.
Sobre a actual ‘crise’ do espaço Schengen como consequência da crise
migratória, Constança Urbano e Sousa notou, ao Económico, que a
“reintrodução de controlos nas fronteira internas são permitidas pelo
Direito da União Europeia, mas apenas como medidas excepcionais e
temporárias”.
A ministra adverte, por isso, que “a sua transformação em
medidas permanentes ou temporalmente abrangentes é contrária ao
funcionamento de um espaço sem controlos nas fronteiras internas e pode
comprometer o próprio funcionamento do mercado interno, pelo que a sua
dimensão económica não é despicienda e não deve ser ignorada".
* Ministra valente, ao povo português faltavam exemplos destes.
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