HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Estudo revela que 30%
dos professores sofre de burnout
Um estudo realizado com cerca de mil professores de escolas portuguesas revelou que 30% dos docentes estavam em burnout, ou seja, exaustos emocionalmente e sem qualquer realização profissional.
Durante três
anos -- entre 2010 e 2013 - uma equipa de investigadores do ISPA -
Instituto Universitário inquiriu cerca de mil docentes que davam aulas a
alunos do 2.º e 3.º ciclos mas também do ensino secundário.
.
.
O
objetivo era perceber se existiam muitos docentes em stress ou burnout
e, no final, descobriram que 30% dos professores estavam em burnout,
contou à Lusa a investigadora do ISPA responsável pela coordenação do
estudo, Ivone Patrão.
"Esta percentagem fica um pouco acima dos números habituais registados nos outros países, que rondam entre os 15 e os 25%", sublinhou a psicóloga clínica.
A maior parte dos docentes em burnout são mais velhos, têm um vínculo à função pública e dão aulas no ensino secundário, acrescentou a responsável, explicando que a média de idades dos inquiridos é de 49 anos.
O estudo hoje divulgado revela ainda que existem entre 20 a 25% de docentes que sofrem de stress, ansiedade e depressão.
"O bem-estar dos professores é considerado essencial para o sucesso de todo o projeto educativo. Tendo em conta todas as mudanças sociais e políticas, o burnout começa a ser um problema social de extrema relevância", sublinhou a especialista, lembrando que este problema representa exaustão emocional e falta de realização profissional.
A psicóloga salienta o facto de todos estes docentes estarem no ativo quando responderam ao inquérito, o que representa um risco muito elevado com a relação que se estabelece com os alunos e com a aprendizagem.
O burnout afeta não só o professor, mas também o contexto educacional, uma vez que o mal-estar sentido pode originar problemas de saúde, perda de motivação, irritabilidade, aumento dos níveis de absentismo e abandono da profissão, o que pode interferir na realização de objetivos pedagógicos.
Para a especialista, falta formação continua e oferta formativa que permita aos docentes ter ferramentas para saber como lidar com situações de conflito em sala de aula.
Segundo a investigadora, estes professores "não se sentem satisfeitos com o seu trabalho nem com o sistema educativo tal como ele estava quando foram inquiridos".
O estudo foi feito numa altura em que se registaram algumas mudanças tais como a avaliação de professores, o aumento de alunos por sala de aula ou o aumento da idade de reforma.
Ivone Patrão sublinha que os resultados do estudo não são representativos da realidade que se vive entre os docente, mas pela sua experiência clínica "é possível perceber que o burnout é uma prática constante".
O estudo será apresentado hoje na Assembleia da República, durante a conferência levada a cabo pela Federação Nacional de Professores, que assim pretende denunciar este problema, apontando causas e consequências e apresentando propostas para a sua resolução.
* Milagre que depois da gestão "Cratina" ainda se aguentem 70% dos professores.
"Esta percentagem fica um pouco acima dos números habituais registados nos outros países, que rondam entre os 15 e os 25%", sublinhou a psicóloga clínica.
A maior parte dos docentes em burnout são mais velhos, têm um vínculo à função pública e dão aulas no ensino secundário, acrescentou a responsável, explicando que a média de idades dos inquiridos é de 49 anos.
O estudo hoje divulgado revela ainda que existem entre 20 a 25% de docentes que sofrem de stress, ansiedade e depressão.
"O bem-estar dos professores é considerado essencial para o sucesso de todo o projeto educativo. Tendo em conta todas as mudanças sociais e políticas, o burnout começa a ser um problema social de extrema relevância", sublinhou a especialista, lembrando que este problema representa exaustão emocional e falta de realização profissional.
A psicóloga salienta o facto de todos estes docentes estarem no ativo quando responderam ao inquérito, o que representa um risco muito elevado com a relação que se estabelece com os alunos e com a aprendizagem.
O burnout afeta não só o professor, mas também o contexto educacional, uma vez que o mal-estar sentido pode originar problemas de saúde, perda de motivação, irritabilidade, aumento dos níveis de absentismo e abandono da profissão, o que pode interferir na realização de objetivos pedagógicos.
Para a especialista, falta formação continua e oferta formativa que permita aos docentes ter ferramentas para saber como lidar com situações de conflito em sala de aula.
Segundo a investigadora, estes professores "não se sentem satisfeitos com o seu trabalho nem com o sistema educativo tal como ele estava quando foram inquiridos".
O estudo foi feito numa altura em que se registaram algumas mudanças tais como a avaliação de professores, o aumento de alunos por sala de aula ou o aumento da idade de reforma.
Ivone Patrão sublinha que os resultados do estudo não são representativos da realidade que se vive entre os docente, mas pela sua experiência clínica "é possível perceber que o burnout é uma prática constante".
O estudo será apresentado hoje na Assembleia da República, durante a conferência levada a cabo pela Federação Nacional de Professores, que assim pretende denunciar este problema, apontando causas e consequências e apresentando propostas para a sua resolução.
* Milagre que depois da gestão "Cratina" ainda se aguentem 70% dos professores.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário