08/02/2016

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HOJE NO 
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Entidade reguladora condena 
“práticas agressivas e enganadoras” 
da RTP, SIC e TVI.



Já reparou que, de há um tempo a esta parte, os apresentadores dos programas de entretenimento dos três canais generalistas começaram a ter mais cautela na forma como se referem aos concursos?
 
 Em vez do prémio em “dinheiro”, as referências passaram a ser feitas ao “cartão” – mas essa mudança não livrou RTP, SIC e TVI de uma multa aplicada pela Entidade Reguladora para a Comunicação, que considerou que os canais vinham adotando “práticas enganosas e agressivas”.

A deliberação foi tomada a 3 de fevereiro e avançada pela Lusa. Em causam estavam os chamados “programas da manhã” e os “programas da tarde” dos três canais generalistas, cujo público é maioritariamente concentrada nas faixas etárias mais avançadas e de estratos sociais mais baixos: Em “Portugal no Coração”, e “Aqui, Portugal” (ambos da RTP), “Queridas Manhãs”, “Boa Tarde” e “Portugal em Festa” (todos transmitidos na SIC) e “A Tarde É Sua” e “Somos Portugal” (da TVI). Em todos estes casos, o Entidade Reguladora para a Comunicação_Social (ERC) entendeu haver claros sinais de “práticas enganosas e agressivas” visando os telespectadores.
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As emissões analisadas pelo organismo remontam a maio de 2014, altura em os apresentadores de cada um dos programas (e estão em causa mais de uma dezenas de profissionais) não eram claros na forma como apresentavam os prémios dos concursos disponibilizados durante o programa.

Logo em julho desse ano, esclarece a Lusa, as três estações de televisão assinaram um acordo de auto-regulação , precisamente para tornar mais clara a forma como os prémios eram atribuídos aos concorrentes. Em causa estão valores que podem ir de algumas centenas até largos milhares de euros. 

O problema, ao anunciar que receberiam “dinheiro” em vez de se referirem ao “dinheiro em cartão” é que não seriam percetíveis as limitações ao uso daquelas verbas.

A ERC decidiu, por isso, aplicar a cada uma das estações uma coima de 40 mil euros. Mas a decisão é passível de recurso.

* E ganham o recurso, basta às televisões dizerem que só querem "formatar" a cabeça das pessoas com a maior lisura, isto é, "alisando" as circunvoluções do cérebro com a maior carga de inutilidades por mm2 dos miolos. Podemos até chamar-lhes televisões "Zika".

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