HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Assunção Cristas classifica orçamento
. como "ficção" digna de um "Óscar"
A candidata à presidência do CDS/PP Assunção Cristas disse em
Leiria que o Orçamento do Estado é uma "ficção", na primeira sessão da
volta designada "unidos para vencer", na qual irá ouvir os militantes.
"Parece uma ficção no cenário macroeconómico. Parece uma receita
igual à que já conhecemos: 'pode ser que dê'. Mas, na verdade, quando
olhamos para as entidades internacionais e para as agências, o que
dizem: 'cuidado, é excessivamente otimista, não é realista, não é
fidedigno', então podemos estar a ver um filme que já conhecemos muito
bem", disse Assunção Cristas na primeira parte do seu discurso, aberto à
comunicação social.
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A candidata à presidência do CDS acrescentou que "se houvesse
‘Óscares’ na política, certamente que haveria duas nomeações claras para
o ‘Óscar’ da melhor ficção, que seriam o primeiro-ministro e o ministro
das Finanças". E Assunção Cristas acredita que "eles ganhariam".
Para a ex-ministra, a vitória "clara e inequívoca" de Marcelo Rebelo
de Sousa na eleição para a Presidência da República é uma resposta do
povo.
"Esse voto rejeitou aquilo que alguns já davam como adquirido, que
era que o povo português está confortável e gosta desta lógica da
esquerda toda junta. Isso não aconteceu. Marcelo Rebelo de Sousa foi
eleito de forma clara, inequívoca e permitiu-nos recentrar e
reequilibrar o espaço político", sublinhou.
Considerando que "ninguém sabe" quando haverá eleições legislativas,
Assunção Cristas lembrou que já estão marcadas as eleições para a Região
Autónoma dos Açores e para as autárquicas, em 2017.
"Por isso, enquanto CDS, temos de nos preparar desde o primeiro
momento para sermos a melhor solução quando for o momento de os
portugueses se pronunciarem nas urnas", salientou, prometendo uma
"oposição muito forte e construtiva" no sentido de "desmontar o trabalho
que está a ser desfeito pelo governo neste momento".
Enumerando as várias alterações na Saúde e Educação que o governo de
António Costa tem realizado, Assunção Cristas disse querer "interromper a
meio" um "filme" que já conhece, porque não quer "sequer pensar em
voltar a fazer os portugueses passar por aquilo que passaram".
Assunção Cristas foi a Leiria para "sentir as preocupações e
prioridades" dos militantes e "construir uma moção com um tronco comum".
A candidata afirmou ainda que o CDS é um partido que "quer crescer".
"Orgulhamo-nos da nossa história, orgulhamo-nos do legado do Dr. Paulo
Portas, mas queremos olhar em frente, crescer e chegar a todos os
eleitores."
Por isso, Assunção Cristas convidou ainda os militantes a trazerem
"alguém mais curioso, com vontade de se aproximar", pois é "muito
bem-vindo".
"O nosso partido é aberto e disponível para acolher outros desde a
primeira hora", acrescentou, garantindo que só se candidatou à liderança
do partido depois de saber que "não seria responsável por qualquer
divisão" do CDS.
Assunção Cristas prometeu ainda um CDS como uma "alternativa muito sólida e robusta".
*Assunção Cristas é uma valente herdeira de Paulo Portas, para além da fé que a leva a horizontes inimagináveis é agora crítica de cinema. Só nos lembramos dela à pedincha nas instâncias europeias
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