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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Relatório confirma lista VIP
de contribuintes mas iliba
secretário de Estado
A Inspeção-Geral de Finanças concluiu que existiu no Fisco um sistema para monitorizar os dados do Presidente da República, primeiro-ministro, vice-primeiro-ministro e secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, constituindo uma medida "não fundamentada, arbitrária e discriminatória".
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"A 'Alarmística - acesso a dados pessoais'
esteve em funcionamento entre 29 de setembro de 2014 e 10 de março de
2015, tendo o seu início ocorrido em momento anterior ao próprio
despacho de autorização do ex-subdiretor-geral da Autoridade Tributária
(AT), de 10 de outubro, e o seu término apenas se verificou no mês
seguinte à decisão de cessação do procedimento de alertas, determinada
em 23 de fevereiro de 2015, pelo ex-diretor-geral da AT", afirma a
Inspeção-Geral de Finanças (IGF) nas conclusões do inquérito sobre a
existência de uma chamada 'lista VIP' de contribuintes no Fisco.
A entidade liderada por Vitor Braz conclui que, com este sistema, os "serviços passaram a monitorizar os acessos aos dados pessoais de quatro contribuintes
- Presidente da República, Cavaco Silva, primeiro-ministro, Passos
Coelho, vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e secretário de Estado dos
Assuntos Fiscais, Paulo Núncio".
Para a IGF, este sistema de alarmística
"constituía, assim, uma medida não fundamentada, arbitrária e
discriminatória, além de manifestamente ineficiente e ineficaz para
proteger o sigilo fiscal dos contribuintes", lê-se nas conclusões do inquérito divulgado na página oficial da entidade.
A entidade, que é tutelada pelo Ministério das Finanças, afirma ainda que Brigas Afonso "não informou o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais da existência e do funcionamento" da 'lista VIP', o que "se traduziu numa informação incorreta à tutela".
Envolvidos devem ser alvo de processos disciplinares
A
Inspeção-Geral de Finanças recomenda à Autoridade Tributária que
instaure procedimentos disciplinares aos dirigentes envolvidos na
criação da 'Lista VIP', considerando que os atos praticados podem
representar "diferentes ilícitos, graus de culpa e de censura".
Nas
conclusões do inquérito que a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) fez à
atuação da Autoridade Tributária (AT), e que confirmou a existência
desta lista de contribuintes no Fisco, a entidade liderada por Vítor
Braz recomenda que "seja ponderada a instauração de procedimentos disciplinares
aos trabalhadores e dirigentes envolvidos na definição, aprovação e
implementação da 'Alarmística - acesso a dados pessoais' [a chamada
'lista VIP']".
* Até as crianças da pré sabiam que a famosa lista existia, mas convinha dar letra de forma à circunstância de modo a que responsáveis políticos fiquem inimputáveis, este governo é pródigo em malabarismos, alguns irrevogáveis.
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