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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Apoio legal a accionistas do
BES cria polémica
Pequenos accionistas dizem existir
pressões a favor da firma de advogados de Miguel Reis, que divulgou
publicamente a acta do BdP.
O Movimento de Pequenos Accionistas do BES diz existir
uma "onda de pressões que tem vindo a ser aplicada sobre os pequenos
accionistas, no sentido de contratarem a Sociedade de Advogados Miguel
Reis". Uma firma que ficou conhecida, recentemente, após ter tornado
pública a acta da reunião do Banco de Portugal (BdP) que aprovou a
constituição do Novo Banco.
A acusação surge na página do Facebook em tom de alerta, e aqui os
responsáveis deste movimento "lamentam que algumas pessoas com
responsabilidades no assunto em apreço estejam a realizar uma enorme
pressão, a favor do escritório do Dr. Miguel Reis, sem que tenham também
o cuidado de apresentar quaisquer outras propostas". "Lamentamos também
o facto de a campanha supra citada estar a ser conduzida sob a ameaça
da falta de tempo, e a ser catalogada como a única capaz de defender de
forma competente, e com a urgência necessária, os pequenos accionistas
do BES, não lhes possibilitando o período de reflexão necessário (e
recomendado) para apreciarem e analisarem quaisquer outras propostas, e
de, em conjunto, decidirem o caminho que pretendem seguir", acrescenta a
mensagem.
O Diário Económico confirmou junto do Movimento de Pequenos Accionistas do BES que a alegada pressão não está a ser realizada pela firma de advogados em causa, mas sim por outros accionistas do BES,
que supostamente estarão já a ser representados por esta Sociedade. O
Movimento considera que "na base da pressão que está a ser exercida
sobre os pequenos accionistas para que assinem os contratos de
representação o mais depressa possível" está uma estratégia jurídica
centrada na impugnação/anulação da medida de resolução aplicada ao BES, para a qual existe um prazo legal de 90 dias.
Contactado pelo Económico, Miguel Reis nega qualquer pressão e diz
mesmo "recusar assinar qualquer contrato com quem se sinta pressionado".
"Não estamos a pressionar ninguém, somos pessoas sérias. Só contactamos
com quem nos contactou, não andamos atrás de ninguém, não somos
vigaristas. Este mundo está cheio de vigaristas". Adiantando que: "Não
estamos neste processo para ganhar dinheiro mais sim com um sentimento
de serviço cívico". A Sociedade de Advogados Miguel Reis, juntamente com
mais três firmas, constituíram entretanto um consórcio para a defesa
dos investidores do BES (CBIDES).
Movimento crítica política de honorários
Na sua política de prestação de serviços, este consórcio define o
modelo de financiamento deste processo nos seguintes moldes: pagamento
de 50 euros por investidor, pagamento adicional de um cêntimo por acção,
pagamento de 10% do valor recebido (a título de taxa de sucesso) e
reembolso ao consórcio dos valores das custas de parte e despesas que
tenham sido adiantadas.
O Movimento de Pequenos Accionistas do BES diz
que esta proposta "é a mais onerosa (de longe) de todas" as que lhes
foram "apresentadas (inclusive de escritórios de advogados mais
conceituados e com vasta e profunda experiência na área do direito
financeiro português)", calculando em cerca de 300 mil euros os custos
imputáveis aos seus associados.
Criticam ainda o facto da mesma "não contemplar quaisquer benefícios
em termos de escala, dado que à medida que mais accionistas forem
aderindo os custos totais (assim como individuais) não diminuem, antes
pelo contrário, aumentam". Classificam ainda de "cobrança cega" o facto
de o valor ser fixado por acção detida e não por montante investido.
Isto porque um investidor que tenha investido 100 euros e comprado
acções a dez cêntimos terá mil acções, enquanto alguém que tenha
investido 500 euros, comprando acções a um euro, terá 500 acções, logo
pagando menos apesar de ter investido mais.
Os valores apresentados aplicam-se apenas aos processos colectivos,
tendo os processos individuais valores próprios de honorários e
despesas. O Económico confirmou com Miguel Reis a sua intenção,
negociada caso a caso com os clientes, de intentar múltiplas acções
individuais. "Estamos neste momento a preparar três acções colectivas e
temos muitos modelos de acções individuais". E acrescentou: "Já fizemos
uma série de queixas criminais individuais e até agora não cobrámos nem
um cêntimo".
Em resposta no Facebook, Miguel Reis classificada o comunicado de
"ofensivo da sua dignidade", adiantando que irá apresentar queixa
criminal contra os seus autores.
* É melhor aguardar próximos desenvolvimentos, acusar sem fundamento é calúnia, somos avessos a isso. A grande vigarice, comprovada, é da família espírito Santo.
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