HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Câmara de Santo Tirso foi notificada
em 2006 para actuar sobre abrigos
ilegais de animais
No fim de semana um incêndio consumiu dois canis ilegais no concelho de Santo Tirso onde morreram 73 animais.
O Ministério da Agricultura adiantou hoje que sobre os dois abrigos
ilegais de Santo Tirso onde morreram 73 animais devido a um incêndio
constam, desde 2006, vistorias e uma notificação à câmara local para
atuar mediante as suas competências.
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"Do processo administrativo existente na DGAV [Direção Geral de
Alimentação e Veterinária], relativo aos alojamentos em causa, constam
vistorias efetuadas por outras entidades, desde 2006, incluindo
relatórios elaborados pelo médico veterinário municipal (autoridade
sanitária veterinária concelhia), a referência à instrução de processos
de índole criminal, bem como notificação dirigida ao município para
atuação no âmbito das competências que lhe são atribuídas", refere o
ministério em comunicado.
O médico veterinário municipal depende "hierárquica e
disciplinarmente" do presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso,
sublinhou.
Considerando os abrigos ilegais, o ministério de Maria do Céu
Albuquerque salientou que as várias entidades fiscalizadoras, incluindo a
DGAV, têm atuado ao longo do tempo de acordo com os factos que foram
sendo apurados.
Já sobre as diferentes infrações detetadas correram os respetivos processos contraordenacionais, garantiu.
"A DGAV, desde a sua primeira atuação em 2010, participou em
vistorias conjuntas e na instrução de todos os processos que lhe foram
remetidos, procedendo à instrução dos mesmos e à aplicação das
respetivas coimas", vincou.
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Na nota, o Ministério da Agricultura lembrou que, a 19 de junho deste
ano, foi constituído um grupo de trabalho para o bem-estar animal, que
já iniciou funções.
De entre os seus objetivos destaca-se a definição de uma estratégia
nacional para os animais errantes, determinando o universo de animais
abrangidos, as suas prioridades e a calendarização dos investimentos a
realizar.
O grupo de trabalho é constituído pela DGAV, Ordem dos Médicos
Veterinários, Associação Nacional de Municípios Portugueses,
Procuradoria-Geral da República e uma Organização Não Governamental.
Na primeira reunião, realizada a 16 de julho, foi decidida a
realização de um inquérito aos municípios para se proceder ao
levantamento de todas as associações protetoras dos animais existentes,
incluindo as instalações que as mesmas possam deter e o número de
animais e espécies alojadas.
O mesmo inquérito pretende ainda acolher as principais preocupações que os municípios pretendem ver atendidas, frisou.
Este grupo de trabalho deverá apresentar o relatório final até 30 de setembro.
No fim de semana um incêndio consumiu dois canis ilegais no concelho de Santo Tirso onde morreram 73 animais.
Os abrigos já tinham sido alvo de uma queixa em 2018, que foi
arquivada por o Ministério Público (MP) entender que animais a viverem
com lixo não é crime.
Uma denúncia por parte de populares por "uma situação de
insalubridade, ameaça à saúde pública e mais grave ainda, de maus tratos
e negligência a animais indefesos" seguiu para Tribunal.
O MP arquivou o processo considerando "não haver crueldade em manter
animais num espaço sujo, com lixo, dejetos e mau cheiro", segundo o
despacho.
A morte de cães e dois gatos no incêndio motivou reações dos partidos
políticos, com PAN, BE e PCP a exigirem explicações do Governo.
* Há responsáveis a montante dos selvagens donos dos canis ilegais, governo através duma direcção geral, DGVA e Câmara de Sto Tirso e a culpa tende a morrer solteira.
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