HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Passageiros recusam fazer testes
no aeroporto e apenas deixam
nome e morada
Quem chega de PALOP's, Brasil ou do EUA tem obrigatoriamente de apresentar um teste feito ou faz no aeroporto. Mas sucedem-se casos de passageiros que recusam fazer o teste à covid-19. E deixam apenas o nome e a morada.
Estão a entrar em Portugal, através do aeroporto de Lisboa, cidadãos
nacionais e estrangeiros com autorização de residência no país, oriundos
de países de fora do espaço Schengen, sem qualquer comprovativo de resultado negativo para a covid-19, apesar de isso ser uma obrigatoriedade legal.
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De
acordo com a legislação em vigor desde 6 de julho, os passageiros de
voos oriundos de países de língua oficial portuguesa e dos Estados
Unidos têm de trazer obrigatoriamente consigo um resultado negativo de
um teste para o Sars-cov-2 realizado até 72 horas antes. Não sendo o
caso, as companhias aéreas devem a impedir o embarque no ponto de
partida, estando sujeitas a coimas se não o fizerem.
A lei
prevê, no entanto, a título excecional, que os passageiros possam não
ter esse comprovativo e, nesse caso, à chegada são encaminhados para
fazer o teste no próprio aeroporto, a expensas próprias.
Mas o que está a acontecer, afirmou ao DN fonte do SEF, é que há um
número crescente de passageiros que chegam nessa situação e recusam
fazer o teste no aeroporto, acabando por entrar no país, deixando apenas
ali a sua morada e contacto.
Um dos casos recentes, de
acordo com a mesma fonte, foi o do voo que chegou a Lisboa vindo de
Maputo na tarde deste sábado. Em mais de 200 passageiros, 106 que
viajavam sem o teste feito recusaram-se a fazê-lo à chegada, e seguiram o
seu caminho deixando apenas a morada e contacto.
Antes
disso, na quinta-feira, 70 passageiros do voo da TAAG procedente de
Luanda, chegaram também sem comprovativo de resultado negativo para a
covid-19. Nesse caso, apenas três recusaram fazê-lo no aeroporto.
O
regime sancionatório aprovado pelo governo no Conselho de ministros de
14 de julho estabelece a aplicação de coimas "entre 500 euros e 2000
euros" para as companhias aéreas "por cada passageiro que embarque sem
demonstrar teste laboratorial covid-19 negativo, ou dispensa da sua
necessidade", mas a fonte do DN no SEF refere que isso não está a ser
aplicado.
O número de passageiros que chegam nessa situação foi
aumentando ao longo da última semana, refere a mesma fonte. E o que a
lei prevê como sendo uma possibilidade excecional - a de viajar a partir
daqueles países de risco sem um resultado negativo para a covid-19 -
tornou-se frequente.
Contactada pelo DN, a Autoridade Nacional de
Aviação Civil (ANAC), que fiscaliza as companhias aéreas e aplica as
multas, respondeu que é prematuro avançar com dados, tendo em conta que o
despacho entrou em vigor muito recentemente (dia 16) e qualquer
situação irregular terá de ser analisada cuidadosamente.
A ANA
Aeroportos é quem tem a responsabilidade de encaminhar os passageiros
que chegam sem testes para os realizarem. Questionada pelo DN, não
respondeu até ao momento da publicação deste texto.
Quase 100 casos confirmados
Tal como o DN noticiou este sábado, desde o início da pandemia já foram
confirmados 97 casos de covid-19 em voos para Lisboa, dos quais 40% (39)
foram identificados só nos últimos 15 dias, graças ao sistema de
vigilância que está montado pelas autoridades.
Para a médica Maria João Martins, responsável pela equipa de sanidade
internacional do Aeroporto Humberto Delgado, de Lisboa, só parando os
voos se conseguiria "impedir a importação de casos", o que não é viável.
Por isso, sublinha a especialista, o que é preciso "é garantir que o
nosso sistema de vigilância consegue gerir estes casos por forma a
minimizar o risco de cada um deles criar uma cadeia de transmissão".
À
chegada aos aeroportos no território nacional continental, todos os
passageiros independentemente da sua proveniência são sujeitos a
rastreio de temperatura corporal por infravermelhos, uma verificação que
é da responsabilidade da ANA, como estipula a lei. Em caso de deteção
de febre é feita a avaliação da situação e as autoridades de saúde
acompanham o caso.
Já os passageiros provenientes de países de
risco estão obrigados a trazer comprovativo de teste negativo. Mas os
que não trazem e recusam fazê-lo no aeroporto, como tem estado a
acontecer, acabam por passar nas malhas da vigilância e poderão, em
última análise, ser um potencial foco de transmissão da pandemia.
* Passageiros recusam-se a fazer o teste e não são presos?
- O aeroporto Humberto Delgado pertence a Portugal ou a uma República das Bananas?
- Os funcionários do aeroporto deixam-se intimidar ou recebem alvíssaras?
- Quem decide não cumprir e não fazer cumprir a lei?
- Jorge Jesus e Vieira foram controlados à chegada em Tires?
Continuam a desviar as atenções com a problemática dos bairros pobres suburbanos a Lisboa, mas aos ricos que vêm de avião só falta a passadeira vermelha!
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