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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Zineb El Rhazoui:
"O islão é uma ideologia
que ensina a odiar o outro"
Destruir o Fascismo Islâmico é o título do livro de Zineb El Rhazoui agora publicado em Portugal. A jornalista nascida em Marrocos escapou ao atentado do Charlie Hebdo há cinco anos e desde então é protegida 24 horas por dia.
Zineb El Rhazoui nasceu em Casablanca em 1982 e vive em França. Foi
neste país que escapou à morte no dia 7 de janeiro de 2015 na redação do
jornal humorístico Charlie Hebdo. Zineb poderia ter sido a
décima terceira jornalista a morrer ou a sexta ferida gravemente, mas o
facto de estar ausente no momento do atentado evitou que integrasse a
lista trágica.
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Para quem não a conhece, a editora Guerra & Paz acaba de publicar o seu livro Destruir o Fascismo Islâmico. São menos de cem páginas em que a crítica ao discurso do "bom islão" é constante. Leia-se os títulos dos capítulos: Islamofobia,
um embuste intelectual; A quimera do 'verdadeiro' islão; O islamismo,
um fascismo como os outros; Os colaboracionistas franceses e A islamofobia: a blasfémia ocidental.
Basta
ler partes do segundo capítulo para situar a opinião da autora: "Embora
a maioria dos muçulmanos desconheça estes textos e da religião apenas
retenha a prática ritual da oração, do jejum e da peregrinação, aqueles
de entre eles que os conhecem só podem alegar que o islão é uma religião
de paz e amor à custa de uma mentira grotesca."
Para Zineb El Rhazoui é incompreensível que no Ocidente não se
perceba que o que se chama islamismo mais não é do que "uma aplicação
rigorosa do islão", que é apenas uma "ideologia que ensina a odiar o
outro". Acrescenta: "Que consagra a inferioridade das mulheres e dos não
muçulmanos" e que tem como pretensão "elevar a sua crença ao mais alto
patamar da escala de valores, o que faz dela, atualmente, um dos
totalitarismos mais temíveis que existem". Uma religião que, explica
Zineb, "seria comparável às outras religiões bíblicas se fosse apenas
pelo arcaísmo dos seus textos".
Segundo a autora, "o islão é um
livro aberto para quem o quiser ler" e conta, além do "Alcorão e da
Suna, com centenas de livros de Fiqh [exegese] para relatar a
"extraordinária história do homem comum que foi Maomé". Esses feitos e
ações "foram escrupulosamente registados pelos cronistas da época" e é,
escreve Zineb, um "tesouro precioso para quem pretenda ser conduzido por
este chefe supremo do mais nobre estado que já existiu, e que os loucos
de Alá querem replicar de forma idêntica na Síria, no Iraque e por toda
a parte onde vejam uma oportunidade". Remata: "É o exemplo de Maomé que
estes loucos seguem à risca."
Quem é Zineb El Rhazoui?
Em 2009, deu nas vistas ao lançar um movimento que defendia a
organização de um piquenique em Marrocos em pleno Ramadão para contestar
a perseguição a quem não quer fazer jejum.
Em
2011, fez parte do movimento que contestava o referendo sobre a reforma
constitucional que consagrava o carácter confessional do Estado
marroquino.
Em 2013, começa a colaborar com o Charlie Hebdo enquanto frequenta um mestrado sobre Sociologia das Religiões.
Desde
8 de janeiro de 2015, após o atentado ao jornal satírico, Zineb passa a
estar sob ameaça de morte e sob proteção policial constante. Desde
então nunca aparece em público sem uma escolta policial, definindo o seu
modo de vida como estando "numa prisão ambulante". A jornalista sentiu
essa situação logo no dia seguinte ao atentado, quando pôs os pés em
solo francês após regressar de Marrocos, onde estava de férias e
assistiu a tudo o que aconteceu no Charlie Hebdo através da televisão e a "contar os mortos".
Este
livro não evita dar nomes a todos os que colaboram com o "fascismo
islâmico". Daí que Zineb El Rhazoui afirme que "os islamistas jamais
teriam conseguido impor-se" sem a "cumplicidade de elementos da
sociedade francesa" no "colaboracionismo com o fascismo islâmico". Entre
esses estão "uma parte da classe política, sem distinções entre
esquerda e direita por cálculos eleitoralistas", as posições da
extrema-esquerda e as das feministas que apenas se preocupam em dar
trabalhos menores e que agradam aos maridos das muçulmanas.
A publicação de Destruir o Fascismo Islâmico em português vem comprovar que a ameaça de várias fatwas
de morte não assustam Zineb El Rhazoui, a autora que se define como
ateísta de cultura muçulmana e ativista dos direitos humanos e das
liberdades individuais.
* É um acto de coragem mas falta mencionar um tópico, todas as religiões são Fascistas, todas ensinam a odiar a roubar e a violar!
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