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HOJE NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
Sousa Tavares:
“Rui Pinto devia estar a dirigir investigações e a ser condecorado”
O comentador disse não conseguir “entender como é que Rui Pinto está quase há um ano em prisão preventiva acusado de um crime ao qual cabe a pena máxima de cinco anos. Há tantos criminosos à solta em Portugal por crimes graves e como é que o Rui Pinto está há um ano em prisão preventiva”.
Miguel Sousa Tavares criticou hoje o tratamento dado pela justiça
portuguesa a Rui Pinto, considerando que os documentos divulgados por si
estão a fazer revelações importantes.
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“Rui Pinto devia estar a dirigir investigações na Polícia
Judiciária e a ser condecorado no 10 de junho”, disse o comentador na
segunda-feira no seu espaço de comentário na TVI.
“Ele
colaborava com as autoridades francesas, alemãs e suíças e já agora. A
informação que eu tinha sobre os impostos do Cristiano Ronaldo, Messi e
Jorge Mendes lia na Spiegel [revista alemã] e lá dizem que foi o Rui
Pinto com o Football Leaks”, afirmou.
O comentador disse não conseguir “entender como é que
Rui Pinto está quase há um ano em prisão preventiva acusado de um crime
ao qual cabe a pena máxima de cinco anos. Há tantos criminosos à solta
em Portugal por crimes graves e como é que o Rui Pinto está há um ano em
prisão preventiva”.
Miguel Sousa Tavares apontou que este caso
está a levantar questões sobre “até que ponto é que é licito aos
jornalistas utilizarem informações obtidas ilicitamente”, defendendo a
importância destas revelações, acreditando que o interesse público
impõe-se nestas situações.
“Tive dois exemplos na minha vida
enquanto jornalista em que usei material que tinha sido sonegado através
da violação de correspondência de documentos privados. Um deles,
tratava-se de um contrato entre o Estado e uma empresa pública que
violava o interesse público. No outro, eu consegui graças a isso, graças
aos documentos obtidos ilicitamente, eu consegui deitar por terra uma
urbanização na costa alentejana que ia ser feita à custa da corrupção de
um autarca, isso não foi para a frente, eu ponderei se tinha direito em
o fazer, e tinha porque o interesse publico sobrelevava-se sobre o
resto”, contou.
* Mancha negra na justiça portuguesa.
Mas não concordamos com a intenção de Rui Pinto de fazer chantagem.
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