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Por outro lado, uma análise desagregada por governante permite, por exemplo, perceber que o gabinete do primeiro-ministro teve um ligeiro aumento de 3% e o Ministério da Economia um acréscimo de 2,5% entre 2019 e 2020.
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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
Maior governo de sempre
custa mais 8,8 milhões
Gastos contabilizados incluem remunerações, subsídios de Natal e férias de toda a equipa ministerial. Economia tem maior verba para despesas.
Os ministros e os respetivos gabinetes vão gastar mais dinheiro aos
contribuintes em 2020. Os orçamentos dos 70 membros do Governo deverão
chegar aos 73,2 milhões de euros no próximo ano, representando um
acréscimo de 8,8 milhões de euros, ou 13,7% face a 2019, de acordo com a
análise do Dinheiro Vivo aos valores que constam dos mapas informativos
que acompanham a proposta do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).
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O atual elenco governativo é o maior em termos de número de ministros
e secretários de Estado da era democrática. António Costa optou por
acrescentar ao anterior Executivo mais dois ministérios que não existiam
e que não permitem comparar diretamente os dados, sendo que os novos
gabinetes quase que explicam por si só este acréscimo de despesa. Há
também mais secretarias de Estado e umas que transitaram de uns
gabinetes para outros.
Os gastos dos gabinetes incluem as despesas correntes e de gestão do
dia-a-dia dos ministérios. Dentro deste bolo cabem as despesas com
pessoal – que incluem as remunerações dos ministros e respetivos
secretários de Estado e de todos os colaboradores (chefe de gabinete,
assessores, adjuntos, secretárias, técnicos, motoristas, consultores),
as despesas de representação, as ajudas de custo, prémios, abonos,
subsídios de refeição, de férias e de Natal e ainda contribuições para a
Segurança Social ou para a Caixa Geral de Aposentações – e os restantes
gastos. Cabem nesta fatia as despesas com material de escritório,
telemóveis e comunicações, combustíveis, viagens e alojamento, pareceres
ou limpezas, por exemplo.
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Gastos dos gabinetes ministeriais
Em milhões de euros
Em milhões de euros
2018 | 2019 | 2020 | |
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Conselho de Ministros | 10.669.377 | 9.935.436 | 8.973.980 |
Economia e Transição Digital | 6.056.668 | 5.835.789 | 5.980.454 |
Negócios Estrangeiros | 4.578.982 | 4.775.275 | 4.824.830 |
Finanças | 5.523.315 | 5.738.724 | 4.757.831 |
Defesa | 2.912.434 | 2.912.434 | 3.861.716 |
Administração Interna | 2.664.000 | 3.578.030 | 2.813.249 |
Justiça | 3.600.000 | 3.645.514 | 3.684.910 |
Modernização do Estado | 3.158.878 | ||
Planeamento | 3.196.000 | 3.196.000 | 1.608.750 |
Cultura | 2.404.328 | 2.507.330 | 3.507.330 |
Ciência e Ensino Superior | 2.886.194 | 2.886.194 | 2.886.195 |
Educação | 4.200.000 | 4.577.190 | 5.038.230 |
Trabalho e Segurança Social | 3.173.421 | 3.211.089 | 3.889.149 |
Saúde | 2.496.714 | 2.496.714 | 2.496.714 |
Ambiente e Ação Climática | 4.280.000 | 4.310.000 | 5.040.000 |
Infraestruturas e Habitação | 4.066.610 | ||
Coesão Territorial | 2.667.635 | ||
Agricultura | 2.863.000 | 2.850.000 | 2.004.500 |
Mar | 1.959.000 | 1.950.000 | 1.950.000 |
TOTAL | 63.463.433 | 64.405.719 | 73.210.961 |
Quem ganha e perde
O facto de alguns ministérios perderem secretarias de Estado significa
que passam a custar menos só por este efeito. É o caso do Planeamento
que antes tinha as Infraestruturas e que foi autonomizado ainda na
anterior legislatura, perdendo cerca de metade da verba. É um dos casos
em que a comparabilidade se torna mais difícil se não impossível de
fazer.
Ainda há o exemplo do Ministério da Agricultura que perdeu as florestas
para o Ambiente ou ainda as Finanças que perderam a Secretaria de Estado
da Administração Pública para o novo Ministério da Modernização do
Estado. Também há casos em que os orçamentos engordaram com novos
gabinetes. É o caso da Defesa, que ganhou uma nova competência, com a
secretaria de Estado dos Antigos Combatentes.
Por outro lado, uma análise desagregada por governante permite, por exemplo, perceber que o gabinete do primeiro-ministro teve um ligeiro aumento de 3% e o Ministério da Economia um acréscimo de 2,5% entre 2019 e 2020.
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Os dois novos ministérios custam 6,7 milhões
Os novos gabinetes ministeriais criados por António Costa explicam,
quase na totalidade, “a nova” despesa orçamentada para 2020. Além dos
ministérios “aditivados”, foram ainda criados os da Modernização do
Estado e da Administração Pública, que tem um gasto previsto de 3,2
milhões, e o da Coesão Territorial, com 2,7 milhões de euros de despesa.
Os dois juntos têm um gasto orçamentado de 6,7 milhões de euros,
representando 9% do total do montante reservado aos gabinetes
governativos em 2020. Mais uma vez, estes dados têm de ser lidos à luz
de transições que foram feitas de secretarias de Estado entre novos e
velhos ministérios e que não permitem uma comparação individual da
despesa.
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* Este é um gabinete despesista. Aliás no tempo de Passos Coelho, temos de lhe fazer justiça, havia austeridade e os portugueses sentiram-na, no tempo de António Costa existe o conceito "contas certas" que em nada difere da austeridade de Passos Coelho, vive-se tão mal como antes mas o tuga gosta.
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