HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Trabalhadores vão poder opor-se
em caso de transmissão de empresa
PS, PCP e BE chegaram a acordo. Os trabalhadores vão passar a poder opor-se à transmissão do seu contrato em caso de transmissão de empresa ou estabelecimento. Governo poderá ser envolvido nas negociações.
Os trabalhadores vão passar a poder opor-se à transmissão do
seu contrato de trabalho em caso de transmissão de empresa ou
estabelecimento. Esta é uma das alterações ao Código do Trabalho
propostas por PS, PCP e BE que reforça os direitos dos trabalhadores e
as obrigações das empresas, inspiradas no caso da PT.
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A
proposta conjunta, que deverá ser aprovada nas próximas semanas, prevê
que o trabalhador possa exercer o direito de oposição à transmissão da
posição do empregador no seu contrato de trabalho sempre que isso lhe
cause prejuízo sério, "nomeadamente por manifesta falta de solvabilidade
ou situação financeira difícil do adquirente ou, ainda, se a politica
de organização do trabalho deste não lhe merecer confiança". Se recusar,
mantém o vínculo à entidade original.
"Sublinhamos
algumas questões cruciais como o direito de oposição, o conceito de
unidade económica, a protecção dos trabalhadores em caso de
despedimento, o reforço do direito à informação e a manutenção dos
direitos decorrentes da respectiva convenção colectiva", sublinharam os
três partidos, num comunicado conjunto.
Alem
disso, criam-se novas obrigações: as médias e grandes empresas terão de
divulgar o contrato de transmissão à ACT. Por outro lado, o Governo
poderá ser envolvido nas negociações com os trabalhadores, à semelhança
do que acontece num despedimento colectivo.
A proposta também reforça as sanções. "Passa a haver mais disposições que são objecto de contra-ordenação e as contra-ordenações passam a ser mais graves", explicou José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, no Parlamento.
"E isso é muito importante porquê? A ACT foi fazer uma inspecção à PT. E com centenas de processos de assédio moral e esvaziamento de funções, de desrespeito de horários. Mas sobre a trasmissão de estabelecimento disse que era matéria dos tribunais e que não competia à ACT pronunciar-se", uma vez que não havia sanções sobre a violação de regras na transmissão propriamente dita.
A proposta que resulta de um acordo entre PS, BE e PCP também prevê que o trabalhador mantenha os direitos, "nomeadamente retribuição, antiguidade, categoria profissional, conteúdo funcional e benefícios sociais adquiridos".
A proposta também reforça as sanções. "Passa a haver mais disposições que são objecto de contra-ordenação e as contra-ordenações passam a ser mais graves", explicou José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, no Parlamento.
"E isso é muito importante porquê? A ACT foi fazer uma inspecção à PT. E com centenas de processos de assédio moral e esvaziamento de funções, de desrespeito de horários. Mas sobre a trasmissão de estabelecimento disse que era matéria dos tribunais e que não competia à ACT pronunciar-se", uma vez que não havia sanções sobre a violação de regras na transmissão propriamente dita.
A proposta que resulta de um acordo entre PS, BE e PCP também prevê que o trabalhador mantenha os direitos, "nomeadamente retribuição, antiguidade, categoria profissional, conteúdo funcional e benefícios sociais adquiridos".
* Portugal está à beira do capitalismo selvagem generalizado, convém lembrar que as grandes burlas ocorrem sobretudo no "substrato" da gente acima de qualquer suspeita, geralmente bons católicos.
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