HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
GNR e PSP vão dar formação
a donos de cães perigosos
A PSP e a
GNR esperam dar início à certificação dos treinadores e à formação dos
detentores de cães perigosos até ao final do segundo trimestre deste
ano, anunciou hoje o Ministério da Administração Interna.
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A
Polícia de Segurança Pública e a Guarda Nacional Republicana,
responsáveis pela certificação e formação, ainda não deram um único
curso porque os valores a pagar apenas ficaram definidos mais de um ano
depois de publicada a portaria que lhes atribuiu as funções.
A portaria que define as entidades
competentes para certificar treinadores de cães perigosos e
potencialmente perigosos foi publicada em 2015, mas não era clara quanto
aos valores a pagar pela formação. Tais valores só ficaram definidos em
portaria no passado mês de janeiro.
Em
resposta enviada anteriormente à agência Lusa, a GNR explicou que "o
início da certificação de treinadores e da formação de detentores de
cães potencialmente perigosos está prevista para breve, sendo que esta
data será divulgada pela DGAV (Direção-Geral de Alimentação e
Veterinária)".
Foi esta discrepância de
tempo que fez com que nem a GNR nem a PSP tivessem ainda avançado com
qualquer formação, tendo a GNR indicado que a data da formação seria
divulgada pela DGAV.
Num esclarecimento
enviado ao final da tarde de hoje à Lusa, o MAI refere que foi criado
um grupo técnico que reuniu elementos da PSP, GNR e DGAV para definir as
normas técnicas aplicáveis à certificação de treinadores e o programa
de formação dos detentores de cães perigosos.
Segundo
o MAI, este grupo técnico "concluiu recentemente os trabalhos", o que
irá permitir agora "operacionalizar a certificação dos treinadores e a
formação dos detentores", que se aguardam desde 2013.
"A
PSP e a GNR darão início à formação e certificação logo após a
aprovação, pela DGAV, do programa de formação e homologação das normas
técnicas, prevendo-se que tal suceda até ao final do segundo trimestre
deste ano", refere o MAI.
Segundo a
lei, a GNR e a PSP são as entidades competentes para certificar os
treinadores de cães perigosos. Além de certificarem quem estará apto a
treinar estes cães, as duas entidades "devem igualmente ministrar a
formação exigida aos detentores de cães perigosos e potencialmente
perigosos", segundo a portaria publicada em 2015.
Ainda
de acordo com dados da GNR, os ataques de cães perigosos fizeram 71
vítimas no primeiro trimestre deste ano. A outra entidade que regista
estes dados e é responsável igualmente pela formação aos detentores de
cães perigosos, a PSP, apesar de questionada pela Lusa, não respondeu em
tempo útil.
Os dados divulgados pela
GNR indicam que houve 65 ataques de cães perigosos este ano, um valor
abaixo do período homólogo, quando foram registados 71 ataques. No ano
de 2016 a GNR registou um total de 235 ataques e 284 vítimas.
* Porque terão de existir cães perigosos em ambiente doméstico?
* Porque terão de existir cães perigosos em ambiente doméstico?
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