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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Guterres com luz verde para liderar a ONU
António Guterres venceu a votação dos membros do Conselho de Segurança da ONU para novo secretário-geral da organização.
António
Guterres ficou à frente e não recolheu nenhum veto na sexta votação do
Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque, para eleger o
próximo secretário-geral da organização.
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O candidato português recebeu 13 votos de
encorajamento e dois sem opinião. De entre os membros permanentes
(China, Rússia, França, Reino Unido e Estados Unidos) houve quatro votos
de encorajamento e um sem opinião.
A
embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU disse que os 15 países
membros do Conselho de Segurança decidiram unir-se em volta de António
Guterres devido às provas que deu na sua carreira e durante a campanha.
"As pessoas queriam unir-se em volta de uma pessoa que impressionou ao
longo de todo o processo e impressionou a vários níveis de serviço",
disse Samantha Powell aos jornalistas.
O
embaixador de França no Conselho de Segurança, François Delattre,
declarou que a escolha de António Guterres é uma "boa notícia para as
Nações Unidas".
Será um
"secretário-geral muito forte e eficaz", afirmou o representante
permanente do Reino Unido no Conselho de Segurança, Matthew Rycroft.
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O presidente do Conselho de Segurança disse aos jornalistas, no final da
sexta votação, que o organismo espera recomendar "por aclamação" o nome
de António Guterres na quinta-feira. "Hoje, depois da nossa sexta
votação, temos um favorito claro e o seu nome é António Guterres.
Decidimos avançar para um voto formal amanhã de manhã [quinta-feira] e
esperamos fazê-lo por aclamação", disse aos jornalistas Vitaly Churkin.
Depois de uma hora e meia de encontro,
pela primeira vez na história da organização os 15 embaixadores dos
países com assento no Conselho de Segurança vieram falar aos jornalistas
para anunciar o nome do português. "Senhoras e senhores, estão a
testemunhar uma cena histórica. Nunca foi feito desta forma. Este foi um
processo de seleção muito importante", frisou o embaixador russo.
Quinta-feira,
pelas 15 horas (hora em Portugal continental), será realizada a votação
formal que irá aclamar formalmente António Guterres como o nome
desejado para suceder ao sul-coreano Ban Ki-moon.
Após
a votação formal, o Conselho de Segurança fará a recomendação à
Assembleia Geral, órgão ao qual compete ratificar a escolha (ou não, mas
isso nunca aconteceu). Não se sabe ainda quando é que essa votação vai
acontecer, mas, nessa altura, a Assembleia Geral deverá indicar a
duração do mandato, que tem sido de cinco anos, mas nada obriga a que
assim seja.
Geralmente, o presidente do
Conselho de Segurança informa o presidente da Assembleia Geral sobre a
decisão tomada, que, por seu lado, informa os 193 Estados-membros da
organização, que depois votará o nome proposto, à porta fechada. Chegado
aí, António Guterres precisa apenas de uma maioria simples dos votos
para ser eleito secretário-geral.
António
Guterres venceu as cinco primeiras votações para o cargo, que
aconteceram a 21 de julho, 5 de agosto, 29 de agosto, 9 de setembro e 26
de setembro.
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Bokova vence Georgieva
A
entrada da búlgara Kristalina Georgieva na corrida, na semana passada,
surpreendeu. Num ano em que a ONU tentou trazer transparência ao
processo, realizando audiências públicas, entrevistas e debates com os
12 candidatos iniciais, a entrada tardia da vice-presidente da Comissão
Europeia foi recebida com desconfiança por alguns países e entusiasmo
por outros.
Na votação desta
quarta-feira, a candidata búlgara Irina Bokova, que se apresentou desde o
início, recolheu sete votos "encoraja", sete "desencoraja" e um sem
opinião. Já a compatriota Kristalina Georgieva recebeu cinco votos
"encoraja", oito "desencoraja" e dois sem opinião.
Há dez anos, quando Ban Ki-moon foi escolhido, a primeira votação deste tipo foi, também, a última.
Nesse
dia, 2 de outubro de 2006, Ban Ki-moon recebeu 14 votos "encoraja" e
apenas um "sem opinião", o que precipitou a desistência de todos os
outros candidatos no dia seguinte.
Uma
semana mais tarde, a 9 de outubro, o Conselho de Segurança aprovou por
aclamação a resolução que recomendava o nome do sul-coreano.
* Um sucesso inteirinho de Guterres e uma vergonhaça para Georgieva que desonestamente se candidatou ao cargo sem se submeter às obrigações a que os outros candidatos se sujeitaram. Como vice-presidente da Comissão Europeia começou por fazer a borrada de licença sem vencimento e acabou a levar 8 votos de censura. Como é que esta fantoche volta à vice-presidência da Comissão?
* Um sucesso inteirinho de Guterres e uma vergonhaça para Georgieva que desonestamente se candidatou ao cargo sem se submeter às obrigações a que os outros candidatos se sujeitaram. Como vice-presidente da Comissão Europeia começou por fazer a borrada de licença sem vencimento e acabou a levar 8 votos de censura. Como é que esta fantoche volta à vice-presidência da Comissão?
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