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Portugueses criam 114 empresas por dia
A constituição de empresas voltou a aumentar em maio, depois de três
meses de descidas homólogas. De acordo com o “Observatório de Negócios,
Insolvências, Créditos Vencidos e Constituições”, da Ignios, foram
constituídas 5% mais empresas que em igual período do ano passado.
Nos últimos meses o volume de empresas constituídas tinha diminuído
em termos homólogos, exceto em fevereiro que tinha subido ligeiramente
(3%).
Nos primeiros cinco meses de 2016, foram criadas 17 138 novas
empresas, menos 4,7% face ao período homólogo. Foram criadas cerca de
114 empresas por dia.No mesmo período, as insolvências totalizaram 3 577
empresas.
O mês de janeiro continua a ser o mais dinâmico do setor, registando-se uma ligeira quebra ao longo dos primeiros cinco meses.
O Observatório de Negócios, Insolvências, Créditos Vencidos e
Constituições apura as constituições e insolvências segmentando-as por
setores de atividade.
O aumento setorial mais expressivo na criação de empresas foi
observado na Hotelaria & Restauração, refletindo o impacto do
aumento de exportações de serviços turísticos. Este setor, com 2 202
novas empresas nascidas até maio de 2016, registou um crescimento de
4,6% face ao período homólogo, continuando a liderar neste indicador. O
Comércio a Retalho foi o segundo setor mais dinâmico (1 945 empresas
criadas).
“Confirma-se que o dinamismo verificado em 2016 tem o seu foco na
criação de empresas nos setores relacionados com o turismo e serviços
relacionados. A este crescimento não será alheio o facto de estarmos a
iniciar o período estival onde se observa regularmente um crescimento na
procura dos serviços prestados por estes setores”, assinala António
Monteiro, CEO da Ignios.
De acordo com o Observatório da Ignios, até maio de 2016 a criação de
empresas desacelerou 4,7% face ao mesmo período do ano passado, com
menos 839 empresas constituídas. Nestes primeiros cinco meses do ano,
tiveram quebras significativas os setores de Comércio de Veículos
(-8,1%), o Comércio a Retalho (-15,1%) e o Comércio por Grosso (-6,3%).
Em sentido contrário, destacam-se o Alojamento e Restauração (+4,6%).
Na segmentação geográfica, destacam-se os distritos de Faro (com 932
empresas criadas, aumentou o peso de 4,9% para 5,4%), Setúbal (com 1.087
empresas criadas aumentando o peso de 6,2% para 6,3%), Viana do Castelo
(345 empresas criadas e o peso cresceu de 1,8% para 2%). Também Lisboa,
que continua a ser o distrito mais representativo (5 230 empresas
criadas), aumentou o seu peso no total nacional de 29,2% para 30,5%. O
Porto, que é o segundo mais expressivo no total (3 097 empresas
criadas), reduziu o seu peso de 18,6% para 18,1%.
A Ignios apurou ainda que em maio de 2016 houve um aumento acumulado
das insolvências, com 3 577 empresas insolventes, mais 484 em relação ao
período homólogo de 2015 (+15.6%). No acumulado de maio verificou-se
uma quebra entre 2014 e 2015, mas com uma forte inflexão para
crescimento em 2016.
O aumento mais significativo de insolvências foi no Porto, ao
passarem de 609 para 786 empresas, mais 177 do que em 2015 (+29,1%).
Aumentaram também em Lisboa para 895 (+173), Setúbal com 238 (+43),
Santarém para 143 (+44), Viseu para 103 (+34), Madeira para 89 (+16),
Beja para 22 (+14) e Coimbra aumentou para 136 (+11).
Braga, Faro, Viana do Castelo e Horta registaram descidas nas
insolvências face ao mesmo período do ano passado. Em termos setoriais,
os serviços dependentes da procura interna e de consequentes importações
continuaram a ser os mais afetados, concentrando a maioria das
insolvências e do seu aumento. Destaque para o Comércio a Retalho
(+15,9%) e por Grosso (+11,6%), e para a Construção (+15,6%).
* Não esquecer que inúmeras destas empresas são lavandarias....de dinheiro.
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