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"OBSERVADOR"
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Taxistas propõem aumento de multas a
. operadores ilegais para 4.000 euros
A Federação do Táxi defendeu hoje o aumento de multas de 200 para 4.000 euros para os transportadores "clandestinos", salientando que a proposta "não é um fato feito à medida para a aplicação Uber", mas também para taxistas ilegais.
A Federação do Táxi defendeu hoje o aumento de multas de 200 para
4.000 euros para os transportadores “clandestinos”, salientando que a
proposta “não é um fato feito à medida para a aplicação Uber”, mas
também para taxistas ilegais.
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A proposta foi levada pela Federação
Portuguesa do Táxi (FPT) a uma primeira reunião com o secretário de
Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, realizada hoje em Lisboa,
numa altura em que se discute o enquadramento das várias plataformas de
transportes, nomeadamente a aplicação informática Uber, contra a qual os
taxistas têm protestado.
“Nós aqui, quando falamos em ilegais, metemos toda a gente, não
metemos só a plataforma da Uber, metemos todos aqueles que desenvolvem
atividade sem estarem licenciados para o efeito”, afirmou Carlos Ramos,
da FPT, considerando que neste caso “há pouca convicção da parte da
secretaria de Estado em atuar de imediato”.
A federação mostrou-se
disponível para colaborar com um grupo de trabalho para regular esta
matéria, mas defendeu que “para já é preciso agir, porque é preciso
primeiro travar, impedir através das coimas”.
De acordo com a
proposta apresentada pela FPT, “bastava alterar o valor das coimas” para
4.000 euros, que teriam de ser depositados imediatamente, o que
consideram uma medida dissuasora.
“Hoje a coima é de 200 e tal
euros, não tem de ser depositada. O que acontece é que enquanto o pau
vai e vem, vão ganhando dinheiro para a coima”, afirmou, considerando
que, “assim, o crime compensa”.
O dirigente destacou que esta
proposta “não é um fato à medida”, nem “para perseguir esta ou aquela
entidade” — referindo-se à Uber -, mas para “todos os transportadores
não legais que desenvolvam atividade”.
“Nós temos taxistas, nossos
colegas, sem escrúpulos, que têm dezenas de táxis a circular na cidade
de Lisboa de forma ilegal, aqui e noutras regiões do país, que não estão
autorizados a fazê-lo, estão contra a lei. Nós dizemos que esta norma
se aplica a todos aqueles que desenvolvam atividade ilegal fora dos seus
concelhos”, salientou.
Além deste tema, a federação levantou
ainda a questão do transporte de crianças, do enquadramento da atividade
dos denominados “Riquexós” e “Tuk Tuk” e a regulamentação do acesso e
prestação de serviços nos aeroportos e terminais portuários.
Os
taxistas representados pela associação estão ainda preocupados com o
anunciado aumento do gasóleo, para o que sugerem a majoração fiscal de
20% dos custos suportados com a aquisição de gasóleo em território
nacional.
* Para quem não sabe CARLOS RAMOS foi o gestor que tirou a AUTOCCOPE do "fundo do poço" em meados da década de 80, é dos melhores conhecedores da problemática dos transportes urbanos.
Saiba também que existem muitos, mesmo muitos táxis piratas no país, para além de proprietários de dezenas táxis nada escrupulosos, alguns até ligados a entidades afectas ao transporte de passageiros.
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