HOJE NO
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Exames.
Fechado em casa é que
não se aprende nada
“Não tem comparação, estudar fora de casa é muito melhor”, conta
Francisco Lopes, de 21 anos, estudante de Engenharia Electrotécnica que
se anda a preparar para os exames. Beatriz Neves, que está em Economia,
faz-lhe companhia na esplanada do Picoas Plaza. Estudar em casa “é
impossível”, asseguram Bernardo, Alexandre e Joana, todos estudantes de
Engenharia Civil. “Estar em casa é demasiado confortável e acaba por
render muito pouco porque caímos na tentação de adiar o estudo para a
hora seguinte”, explica um dos estudantes. Outra grande vantagem é poder
estudar em grupo, tirar dúvidas “uns aos outros e avançar mais rápido
na matéria”.
Se também tens de estudar e não consegues fazê-lo em casa porque tudo
te incomoda e tudo é motivo para te distraíres, então está na hora de
mudares de estratégia. Pega nos livros, no tablet ou no computador e vai
para a rua. Mas não sem antes conhecer as alternativas.
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O i foi à procura das melhores soluções para trabalhar/estudar fora
de casa. A oferta é mais que muita e dá para todos os gostos e feitios.
Desde espaços arejados e verdejantes, como a Gulbenkian, a esplanadas
de cafés ou sítios onde o silêncio é o máximo denominador comum, e até,
imagine-se, centros comerciais com tudo aquilo que é preciso para um bom
dia de estudo.
Centro Académico Edith Stein Era dia de missa ao luar no terraço do
Centro Académico Edith Stein (CAES). O espaço que tem nome de santa,
além de ter uma vertente religiosa ligada à paróquia de Arroios, está
aberto a todos os credos e com tudo o que é necessário para estudar. Tem
três salas (uma para trabalhos de grupo, outra de silêncio absoluto e
uma onde se pode conversar moderadamente), casa de banho, internet
gratuita, cozinha com lava-loiça e microondas, permitindo aos estudantes
trazer refeições de casa, e máquinas de café. A vista desafogada sobre a
capital é o seu ponto forte – ideal para arejar as ideias.
“Isto antes não era nada”, conta uma voluntária que faz parte da
equipa de gestão daquele espaço. “Pusemos mão à obra, pintámos as
paredes, organizámos as salas, a cozinha, com a ajuda e esforço de
todos”. E foi assim que nasceu o CAES na freguesia de Arroios.
A ideia, diz, foi do prior Paulo Araújo, que fundou o centro há cinco
anos, com a ajuda de um grupo de jovens – universitários na altura –
que pertenciam também ao coro da igreja. Em vésperas de exames, o espaço
fica aberto até à meia-noite. Situa-se na rua Alves Torgo nº. 1 (São
Jorge de Arroios). Os que quiserem usufruir do centro, é só tocar na
campainha do 6.o andar e dizer que vão estudar. Há, no entanto, uma
grande condição: “Quem vier tem de vir por bem”, avisam os responsáveis.
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Fundação Calouste Gulbenkian É um clássico. Sozinhos num recanto ou
em grupo, os jardins da Gulbenkian estão entre os mais frequentados por
estudantes nesta altura do ano. Se a natureza puxa pela tua concentração
e se o chilrear dos pássaros não incomoda, os espaços verdes da
Fundação Calouste Gulbenkian são os lugares mais apropriados para uma
tarde calma de estudo e, porque não, de convívio. Foi o que fez um grupo
de estudantes de Shiatsu, uma terapia oriental baseada na pressão dos
dedos, contam. As linhas de várias cores, desenhadas das pernas até aos
pés, não passam despercebidas aos olhos de quem ali está. São “pontos
meridionais” que funcionam como “canais de energia”, explicam. Vieram
para o jardim porque já estavam fartos de estudar em casa. E quando faz
bom tempo, até é pecado ficar encafuado no quarto. Existe algum sítio
melhor para canalizar boa energia do que no meio da própria natureza?
No entanto, se precisas de silêncio, são várias as possibilidades
dentro da fundação, com a vantagem de ter wi-fi e tomadas para o
portátil. A biblioteca de leitura é indicada para quem quer consultar
colecções de História da Arte e Artes Visuais, requerendo a utilização
diária deste espaço um cartão de leitor. Aberto de segunda à sexta das
9h às 17h30 (horário de Verão).
Instituto Superior Técnico Aberto 24h, o Instituto Superior Técnico é
dos locais mais concorridos para estudar, sobretudo em fase de exames.
As várias salas de estudo no corredor do pavilhão de Civil são ideais
para quem gosta de estudar pela noite dentro, em grupo. Os espaços estão
equipados com internet gratuita e abertos a qualquer estudante, mesmo
de outras universidades. Excepção feita a alunos do ensino secundário.
Para quem prefere o silêncio absoluto, tem também a possibilidade de
frequentar a biblioteca, no mesmo edifício, durante o dia, a funcionar
das 9h às 20h.
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Biblioteca Municipal de Sintra Além de todas as Bibliotecas
Municipais de Lisboa (BLX), fora da capital, em Sintra, podes usufruir
de um espaço com uma vista deslumbrante sobre a serra. A Biblioteca
Municipal de Sintra é mais um local inspirador para quem tem de estudar
nestes dias. O silêncio é imperador e a concentração total – por essa
razão, é um sítio indicado ao estudo individual. Aberta das 10h às 20h
de terça a sexta--feira, e sábados e segundas das 14h30 às 19h30.
* Estudem onde quiserem, mas estudem!
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