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Hospital S. João contrata firma de limpeza para serviços de auxiliar de acção médica
O STFPSN denuncia que “há trabalhadores indiferenciados a fazer trabalho que pode pôr em risco a saúde dos utentes” e denuncia o facto de hoje terem sido contratados mais 25 trabalhadores nestas mesmas condições
Um sindicato acusou hoje o Hospital de S. João, no Porto, de ter
contratado uma empresa de limpeza para prestação de serviços de auxiliar
de ação médica, considerando que esta situação “pode pôr em risco a
saúde dos utentes”.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o
Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte
(STFPSN) relata que a 05 setembro teve conhecimento que o Hospital S.
João “contratou à empresa Limpotécnica oito trabalhadores para prestação
de cuidados diretos ao doente”, conhecidos como “auxiliares de ação
médica”, para trabalhar em serviços como medicina, doenças infeciosas,
serviço de sangue, unidade de cuidado netropénicos.
“O STFPSN
recebeu um ofício da Administração do Hospital de S. João confirmando
esta prática e dirigiu imediatamente dois ofícios à Inspeção-Geral das
Atividades em Saúde e ao Ministério da Saúde, em função da gravidade da
situação”, relata.
O STFPSN denuncia que “há trabalhadores
indiferenciados a fazer trabalho que pode pôr em risco a saúde dos
utentes” e denuncia o facto de hoje terem sido contratados mais 25
trabalhadores nestas mesmas condições.
Contactada pela agência
Lusa, fonte do Hospital S. João explica que a unidade de saúde só
contratou “serviços de limpeza e higienização” e que “quaisquer outras
questões têm que ser colocadas à empresa em causa” e não ao hospital.
O
sindicato recorda que, a 06 de setembro, solicitou informações à
administração do hospital e por não ter obtido esclarecimentos “em tempo
útil” remeteu ofício à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, no dia
17 de setembro.
Sobre o ofício que recebeu do 'S. João',
“curiosamente” no dia seguinte, o sindicato questiona o facto de o
hospital alegar “que não pode celebrar novos contratos individuais de
trabalho” e, no entanto, contratar novos trabalhadores através das
empresas prestadoras de serviços, com custos superiores.
“Estes
trabalhadores estão a prestar apoio direto ao doente, já trabalham
sozinhos nas enfermarias, levam os doentes aos banhos, dão a alimentação
aos doentes, posicionam os doentes nas camas, por exemplo”, relata,
considerando que estas tarefas “requerem experiência e formação
específica que estes trabalhadores não possuem”.
“O Hospital S.
João assume que, do ponto de vista da formação ,o grupo profissional
'assistentes operacionais' sempre foi composto por pessoal
indiferenciado. Isto é uma mentira flagrante porque estes trabalhadores
têm conteúdo funcional, ou seja, têm tarefas concretas de contacto com o
doente que exige uma formação adequada”, sublinha.
* Muito grave, os auxiliares de acção médica devem ter formação específica e continuada que um empregado de limpeza não possui. Mais estranho porque o S. João é um hospital de referência.
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