HOJE NO
"DESTAK"
Armazenamento superior à media
dos últimos anos em oito das
12 bacias hidrográficas
O armazenamento de água na maior parte das bacias hidrográficas portuguesas apresentou em setembro valores superiores às médias do mesmo mês nos últimos anos, segundo dados do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos.
No site da Instituto da Água (Inag), a informação disponível refere que os valores em setembro eram mais elevados do que as médias do mesmo mês do período de 1990 a 2010, em oito das 12 bacias hidrográficas contabilizadas.
As exceções apontadas vão para as bacias do Lima, do Cávado, Ave e Douro.
No caso do Lima, o armazenamento é de 43,5 por cento contra a média de 55,7 por cento, enquanto no Cávado é de 52,5 por cento (58,4 por cento), no Ave está nos 42,7 por cento (47,7 por cento) e no Douro 57,6 por cento (61,4 por cento).
Contactado pela Lusa, o presidente do Inag, Orlando Borges, sublinhou que, apesar de Portugal viver neste momento uma situação de seca do ponto de vista meteorológico, do ponto de vista hidrológico a seca "está longe de ser uma realidade".
Apesar de na região norte, nomeadamente nas bacias do Douro, Cávado, Lima e Ave, o valor andar "ligeiramente abaixo da média para esta altura do ano", na região centro - Mondego e Tejo - os valores estão exatamente nas médias, enquanto na região sul, "onde as situações de seca se fazem sentir com gravidade e às vezes obrigam a restrições, neste momento os valores são francamente superiores aos valores médios".
No Guadiana, exemplificou, a média é de 72 por cento e atualmente a capacidade está nos 80.
Das 55 albufeiras monitorizadas pelo Sistema, 10 apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80 por cento do volume total e oito têm disponibilidades inferiores a 40 por cento do volume total.
Segundo o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, na comparação do último dia de setembro com o último dia do mês anterior, verificou-se um aumento do volume armazenado em uma bacia hidrográfica e uma descida em 11.
Para o presidente do Inag, o "desfasamento entre a seca meteorológica e a seca hidrológica decorre de o País estar dotado de infraestruturas que permitem armazenar quando há precipitação intensa, como aconteceu no ano passado, para garantir os usos nos períodos seguintes".
"Neste momento, temos perfeitamente salvaguardadas as utilizações da água nos próximos meses para agricultura, abastecimento e energia", sublinhou.
Para o responsável, esta situação comprova a necessidade das barragens: "Há pessoas que pensam que este País não podia viver sem ter esta capacidade de água armazenada, o que não é verdade. Mesmo assim, em casos extremos, como na seca de 2005, não houve capacidade para dar resposta a todas as necessidades".
* A água é um bem muito escasso, esta notícia revela uma bondade da natureza, é preciso aproveitá-la.
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