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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Guterres preocupado com aumento
da intolerância religiosa
O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se “profundamente preocupado” face ao aumento da intolerância religiosa no mundo, “que inclui ataques diretos às pessoas baseados em nada mais do que sua fé religiosa ou filiações”.
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Em
entrevista ao portal Vatican News, do Vaticano, Guterres disse que “os
ataques mortais contra as mesquitas na Nova Zelândia, as sinagogas nos
Estados Unidos e as igrejas no Sri Lanka na Páscoa demonstram a urgência
de agir para que todos, independente da sua fé religiosa, possam
desfrutar plenamente seus próprios direitos humanos. A diversidade é uma
riqueza, não uma ameaça”.
Para o
secretário-geral da ONU, “é chocante ver um número cada vez maior de
indivíduos humilhados, molestados e atacados publicamente simplesmente
por causa de sua religião ou fé”, que considera que “as casas de culto
em todo o mundo devem ser paraísos seguros para a reflexão e a paz, não
lugares de derramamento de sangue e terror”.
Em
entrevista publicada na semana do encontro que vai ter com o Papa
Francisco em Roma, Guterres afirmou que lhe quer exprimir “admiração
pelo seu trabalho”.
O Papa Francisco “é uma
voz forte sobre a crise climática, sobre a pobreza e sobre a
desigualdade, sobre o multilateralismo, sobre a proteção dos refugiados e
migrantes, o desarmamento e sobre muitas outras questões importantes”.
“Com
o seu trabalho, o Papa está a contribuir para alcançarmos muitos dos
nossos objetivos, inclusive para o desenvolvimento sustentável, a luta
pelas mudanças climáticas e a promoção de uma nova cultura de paz”,
acrescentou ao Vatican News.
Nesta
entrevista, António Guterres voltou a declarar-se “desiludido” com os
resultados da Conferência do Clima que decorreu em Madrid, considerando
que “a comunidade internacional perdeu uma importante ocasião para
afirmar uma ambição mais decidida sobre a mitigação, a adaptação e o
financiamento para lutar contra a crise climática”.
“Mas
não devemos render-nos, eu não me rendo. Estou, mais do que nunca,
determinado a trabalhar para que 2020 seja o ano em que todos os países
se comprometam em fazer o que a ciência considera necessário para
alcançar a neutralidade das emissões de carbono até 2050 e para que a
temperatura não aumente mais do que 1,5 graus. A crise climática é uma
corrida contra o tempo para a sobrevivência da nossa civilização”,
afirmou.
* Respeitamos António Guterres não por ser Secretário Geral da ONU mas pela coerência desde jovem no apoio aos mais desfavorecidos, é histórico e indesmentível. Concordamos com a sua preocupação mas gostaríamos saber se a enorme e violenta desigualdade de género na igreja católica também o preocupa e incomoda.
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