HOJE NO
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Trofa.
Ex-autarca acusada de usar dinheiro
.público em hotéis e jantares
.público em hotéis e jantares
Deputada socialista recebia ajudas de custo relativas a despesas que tinha pago com cartões de crédito do município
A deputada socialista Joana Lima foi
acusada dos crimes de peculato, abuso de poderes e violação de normas
de execução orçamental.
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ESTAVA A BELA AUTARCA
ACARTONANDO-SE...
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Os crimes ocorreram durante o seu mandato
enquanto presidente da Câmara Municipal da Trofa – Entre o final de 2009
e outubro de 2013, a autarca lesou o Estado em milhares de euros, ao
utilizar cartões de crédito do município para pagar as suas despesas e,
mesmo assim, solicitar o pagamento de ajudas de custo.
Enquanto autarca da Trofa, Joana Lima era, por inerência,
presidente do Conselho de Administração da empresa municipal TrofaPark.
Por isso, tinha em sua posse dois cartões de crédito: um da Caixa Geral
de Depósitos em nome do município da Trofa e outro do Millenium BCP
titulado pela TrofaPark. Segundo a acusação do Ministério Público, a que
o i teve acesso, Joana Lima usava os dois cartões para pagar despesas
de alojamento e alimentação, sendo que utilizava a conta da TrofaPark
para pagar despesas enquanto presidente da autarquia e não responsável
daquela empresa municipal.
Além disso, “preencheu ou mandou preencher o boletim de
itinerário que assinou, recebendo dos cofres do Município da Trofa, a
título de ajudas de custo” vários montantes. Ou seja, além de usar o
dinheiro da autarquia para pagar as despesas, era ressarcida de dinheiro
que não tinha gasto.
Entre 2009 e 2013, Joana Lima apresentou várias despesas
referentes a viagens que fazia enquanto presidente da Câmara da Trofa e
que implicavam deslocações até, por exemplo, Lisboa, onde pernoitava.
Por isso, usava os cartões de crédito para pagar estadias em hotéis como
o Clarion Suites Lisboa, o Marriot Hotel Lisboa e o Hotel Altis. A
autarca usava ainda as contas do município para pagar almoços e jantares
feitos durante estas viagens – segundo a acusação do Ministério Público
(MP), a presidente da câmara utilizou dinheiro público para pagar
refeições em restaurantes como o Verde Gaio (Lisboa), Belchior (Montijo)
e Peixe na Linha (Cascais). Nestes dois últimos estabelecimentos, por
exemplo, as refeições custaram 103,40 euros e 101,15 euros,
respetivamente.
Ao todo, Joana Lima pagou despesas no valor de 6450,63 euros
com os dois cartões de crédito – destes, 4176,67 euros foram pagos com o
cartão da TrofaPark. Face a estas despesas, a autarca recebeu um total
de 1511,48 euros em ajudas de custo. O MP pede que Joana Lima seja
condenada a pagar ao Estado 5685,25 euros, valor que corresponde ao que a
antiga presidente da autarquia recebeu em ajudas de custo e o que
gastou do cartão de crédito da TrofaPark.
Ajuda a familiares e amigos
Na acusação do MP, é feita referência à adjudicação de uma
obra de pavimentação de uma rotunda “sem realização de consultas ao
mercado para encontrar proposta eventualmente concorrenciais, bem como
sem qualquer discussão quanto ao seu preço entre o Município da Trofa e a
empresa Alexandre Barbosa Borges SA”. Joana Lima terá contactado
diretamente um representante da empresa pedindo-lhe que realizasse a
obra e avisando-o de que iria ser contactado pelo presidente da junta de
freguesia da Trofa.
Em dezembro de 2013, a empresa exigiu o pagamento da
empreitada, realizada em agosto desse ano, num valor de 103.825,11
euros. O município não fez o pagamento, “alegando a inexistência de
concurso ou mesmo qualquer expediente nos serviços da Câmara
relativamente à mencionada empreitada”, o que levou a empresa a intentar
no Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel uma ação administrativa
comum exigindo o pagamento do montante.
Mas esta não é a primeira vez que Joana Lima está a braços
com a Justiça com casos semelhantes a este. Em 2015, a ex-autarca foi
acusada de adjudicar serviços a familiares e amigos, mas acabou por ser
absolvida pelo Tribunal de Matosinhos.
Segundo a agência Lusa, Joana Lima estava acusada de
entregar as reparações e revisões dos automóveis da autarquia, por
ajuste direto simplificado, a uma oficina do companheiro de uma sobrinha
e encarregar a irmã do fornecimento de flores para eventos e
festividades.
* Notícias destas são muito frequentes sobre militantes dos partidos de centro direita unidos e as cúpulas dos mesmos não estão interessadas em erradicar esta pouca vergonha.
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