HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Facebook reconhece perigo
das redes sociais para a democracia
O
Facebook reconheceu que um uso excessivo das redes sociais pode
representar um perigo para a democracia, ao mesmo tempo que garantiu que
está a fazer tudo para reduzir estes riscos.
"Apesar
de ser um otimista, não ignoro os perigos que a Internet pode provocar,
mesmo no seio de uma democracia que funciona bem", disse Samidh
Chakrabarti, responsável pelo envolvimento cívico no Facebook, em texto
divulgado esta segunda-feira.
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Mais uma vez, como já o tinha feito em
janeiro o chefe do grupo, Mark Zuckerberg, a Facebook reconheceu ter
subestimado em 2016 o seu papel na propagação de "informações falsas" e,
de forma mais geral, não ter lutado de forma eficaz contra os conteúdos
problemáticos que pululam nesta rede social.
Em
particular, esta empresa é acusada no contexto de inquéritos realizados
nos EUA sobre uma possível ingerência da Federação Russa na campanha
presidencial de 2016, com Moscovo a ser objeto de suspeitas de ter
utilizado as redes sociais para influenciar os eleitores. Acusações
estas negadas pelo Kremlin.
A rede
social, que tem dois mil milhões de utilizadores, "levou muito tempo a
compreender que pessoas mal-intencionadas estavam a utilizar a
plataforma de maneira abusiva", insistiu Samidh Chakrabarti, que
assegurou que a empresa "está a trabalhar ardentemente na neutralização
destes riscos".
Em comunicado distinto,
a encarregada das questões ligadas à política no seio do grupo baseado
no Estado na Califórnia, Katie Harbath, afirmou: "Continuamos
determinados em combater as influências negativas e garantir que a nossa
plataforma contribui, de maneira indiscutível, para o bem da
democracia".
O Facebook acaba de anunciar duas
alterações importantes que vão modificar a presença de informação no
"fio noticioso", que funciona como página de acolhimento pessoalizado de
cada utilizador, com o objetivo alegado de melhorar a qualidade dos
conteúdos.
Estas alterações vão
privilegiar as mensagens publicadas pelos próximos, em detrimento das
páginas institucionais de marcas ou meios de comunicação, e hierarquizar
as fontes de informação consideradas como fiáveis pelos próprios
utilizadores.
* Na hora de cobrar o "guito" que se lixe a democracia
.
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