HOJE NO
"OBSERVADOR"
Petróleo.
Governo ainda não desistiu de
rescindir contrato com Sousa Cintra
Governo assegura que não está impedido de rescindir o contrato com a Portfuel para a pesquisa de petróleo no Algarve. Empresa de Sousa Cintra diz ao Público que prazo legal para rescindir já passou.
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O Governo ainda não desistiu de rescindir o contrato de prospeção e
pesquisa de petróleo assinado pelo anterior Executivo com a Portfuel,
empresa de Sousa Cintra. Mas quer ter argumentos jurídicos que permitam
avançar com a rescisão sem ter de pagar uma indemnização.
O jornal Público avançou
esta sexta-feira com a informação de que o Governo tinha deixado passar
o prazo legal para rescindir os contratos de concessão com a Portfuel
para a pesquisa e exploração de petróleo no Algarve. O jornal citava o
advogado da Portfuel. Segundo André Duarte Figueira, a secretaria de
Estado da Energia desencadeou o processo de rescisão, tendo para isso
invocado incumprimentos vários do contrato, mas deixou passar o prazo
legal fixado pelo Código do Procedimento Administrativo de 180 dias, sem
tomar a decisão. E ao falhar esse prazo, o procedimento caducou,
concluiu.
Face a estas notícias, a secretaria de Estado da Energia
esclareceu que o “Governo, e os serviços dependentes, não estão, de
maneira nenhuma inibidos de rescindir o contrato que o anterior governo
autorizou que fosse assinado com a Portfuel e que lhe concedeu, para
efeitos de prospeção de petróleo e gás, quase metade do território do
Algarve”.
No mesmo esclarecimento, o gabinete de Jorge Sanches
Seguro recorda que foram pedidos esclarecimentos, ao Conselho Consultivo
da Procuradoria Geral da Republica sobre a legalidade deste contrato,
“para uma decisão que melhor defenda o interesse público”.
Mas o primeiro parecer
da PGR considerou que não existia fundamento legal para rescindir o
contrato de concessão de pesquisa e exploração de petróleo na Bacia do
Algarve porque a adjudicação tinha sido feita ao abrigo do “poder
discricionário” pelo anterior governo. No entanto, a secretaria de
Estado da Energia enviou novas perguntas à PGR questionando a legalidade
desta adjudicação. Não se conhece ainda o teor desta nova resposta, mas
o Observador sabe que o objetivo do Executivo continua a ser o de
rescindir, tendo como fundamento argumentos legais que evitem o
pagamento de uma indemnização.
Para além da legalidade do
contrato, existem outras formas para travar a pesquisa e exploração de
petróleo, que é fortemente contestada pelas entidades locais. Para
prosseguir, a Portfuel tem de ver autorizados os planos de trabalho
junto da ENMC (Entidade Nacional do Mercado de Combustíveis), uma
entidade que depende da secretaria de Estado da Energia. E desde que
este Governo está em funções, não foi aprovado nenhum plano.
No
esclarecimento, o “Governo garante que nada será feito que não cumpra a
lei e salvaguarde o interesse público, nomeadamente do ponto de vista
regional e financeiro. Foi, nesse sentido, que foram dadas instruções
aos serviços para que sejam cumpridas todas as normas legais e as mais
recentes recomendações da Assembleia da República”.
* Quem foi que no governo deu credibilidade ao ex-rei da água, ex-soba da cerveja e leão sem juba, futuro ex-régulo do "pitrol", QUEM?
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