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HOJE NO
"RECORD"
Federer mostra-se favorável
à suspensão de Sharapova
Roger Federer demonstrou esta quinta-feira a sua concordância com o
castigo aplicado à russa Maria Sharapova, suspensa por dois anos devido a
um positivo por meldonium, dizendo-se apologista de uma política de
tolerância zero quanto ao doping.
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"Só ouvi os títulos, não sou
conhecedor de todos os pormenores, mas sou apologista de tolerância
zero. É indiferente se foi intencional ou não, sinceramente não vejo a
diferença. Precisas de conhecer o que vai para dentro do teu corpo, tens
de ter 100% certeza do que estás a consumir, caso contrário estarás
condenado", defendeu o número três mundial após a sua vitória sobre
Taylor Fritz, no torneio de Estugarda.
O recordista de títulos do
Grand Slam concedeu que Sharapova tem o direito de lutar pela sua
despenalização, mas foi implacável com a russa, argumentando que, na sua
opinião, não pode haver qualquer tolerância quanto ao doping.
"Mantenho a minha palavra: sou a favor que congelem amostras sanguíneas por dez, 15, 20 anos, para assustarem as pessoas que pensarem em dopar-se. É preciso assusta-las para que não se dopem, para que possam ser banidas retroativamente e para que percam os títulos", completou.
A tenista russa Maria Sharapova foi suspensa na quarta-feira por dois anos pela Federação Internacional de Ténis (ITF), na sequência do controlo positivo por meldonium no último Open da Austrália.
A antiga número um mundial e vencedora de cinco torneios do Grand Slam, que vai recorrer da sua suspensão ao Tribunal Arbitral do Desporto, alegou que tomava a substância desde 2006 para combater a predisposição genética para a diabetes, a falta de ferro, a deficiência imunológica e frequências cardíacas irregulares.
* Concordamos com Federer no que respeita a tolerância zero em atletas dopados seja qual for a substância. No que respeita a Sharapova não temos informação sobre as circunstâncias clínicas que a levaram a tomar meldonium, quem o prescreveu e se a tenista precisava do produto por questões de saúde.
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