07/02/2016

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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Pourquoi Hollande ainda 
esconde a bela Julie?

Dois anos depois de a revista Closer ter confirmado, com fotos de paparazzi, que François Hollande (na foto) e Julie Gayet eram amantes, os franceses já contavam ter a actriz como primeira-dama. Mas não. O Presidente de França, de 61 anos, parece ser alérgico ao casamento. Agora, o livro Julie Gayet – Une intermittente à l’Elysée (Julie Gayet – uma intermitente no Eliseu), publicado no passado dia 28, revela detalhes do romance mais mediático de França e que se mantém clandestino. 
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Segundo os autores – os jornalistas Soazig Quéméner e François Aubel, da revista Marianne e do jornal Le Figaro, respectivamente –, vários semanários prestigiados, como o Paris Match e o Point de Vue, já tentaram convencer o Presidente a apresentar a relação com Gayet de forma oficial, através da publicação de uma grande reportagem fotográfica. Em breve, o país entrará em pré-campanha presidencial e isso até beneficiaria Hollande, que ao que tudo indica pretende ser candidato à reeleição, na Primavera de 2017.

"Meu comilão mal vestido"
Só que Hollande recusa "oficializar" a sua vida sentimental e muito menos casar-se, como aliás sempre fez. A actriz, e também produtora, de 43 anos, divorciada e mãe de dois filhos, já é a terceira mulher do Presidente, que continua solteiro. Nunca quis subir ao altar com Ségolène Royal, depois de uma longa vida em comum e de quatro filhos. Com a jornalista Valérie Trierweiler, que o acompanhou na vitoriosa campanha para a presidência, também não deu esse passo. E parece que Julie Gayet não vai ser a excepção, apesar de ela se referir a Hollande como "meu namorado" ou "meu noivo". E não só. No seu círculo íntimo, a actriz descreve o Presidente como o "meu comilão mal vestido", de acordo com testemunhos confidenciais recolhidos pela dupla Quéméner/Aubel. O livro revela igualmente que a primeira-dama "não oficial" recusou a oferta de assessoria pessoal no palácio, mas viu-se obrigada a aceitar escolta, embora não abdique de conduzir o seu Citroën branco pelas ruas de Paris.

Esta relação escondida tem dado muito trabalho à segurança do Eliseu – ela vai ao palácio sobretudo aos fins-de-semana e o Presidente insiste em passar muitas das noites no apartamento de Julie, mesmo depois dos recentes atentados em Paris. A verdade é que o casal consegue sempre despistar os paparazzi. Por exemplo, no último Verão, a versão oficial era a de que o Chefe do Estado estaria de férias em Vaucluse. Mas segundo o livro, ele esteve com Gayet em Saint-Tropez, na casa de Jean-Pierre Jouyet, seu amigo e chefe de gabinete. Ali passaram uns dias tranquilos, com o Presidente a assumir o comando do churrasco.

Filha de um cirurgião com ligações ao Partido Socialista, Julie é de uma família considerada da "esquerda-caviar". Mantém laços de amizade desde sempre com milionários, caso de François Pinault e François­-Henri, pai e filho, donos do grupo que detém marcas de luxo como Gucci, Saint Laurent ou Balenciaga. Estes são agora também os amigos de Hollande, que acompanha a namorada aos jantares íntimos organizados pelo magnata francês, casado com a actriz Salma Hayek. O casal presidencial também passa fins-de-semana com o primeiro-ministro, Manuel Valls, e a mulher, mas não há registos desses momentos, apesar de os paparazzi seguirem Julie para todo o lado.

Embaraços protocolares
A inusitada vida sentimental do Presidente já lhe trouxe embaraços protocolares. Em Junho, quando recebeu os Reis de Espanha num jantar de gala para 400 convidados, a imprensa esteve até ao fim na expectativa de que seria aquela a ocasião em que Julie Gayet iria aparecer como primeira-dama. Mas não. Hollande teve de pedir a Ségolène Royal, sua ex-companheira e actual ministra da Ecologia, para o acompanhar.

Alguns especialistas acreditam que esta relação secreta com o Presidente dá a Gayet uma enorme notoriedade, que beneficia a sua carreira e a sua produtora cinematográfica, a Rouge International. Por parte de Hollande, a explicação pode estar no facto de ele ainda não ter recuperado do trauma Valérie Trierweiler, que depois de saber pela Closer que andava a ser traída se vingou, lançando o livro Merci pour ce moment (Obrigada por este momento) – o mais vendido do ano. Foi um golpe duro na imagem do líder francês.

* Cuscuvilhice sem fazer mal a ninguém, a vida privada de figuras públicas merece respeito. Realce-se o bom gosto de Hollande, Julie é muito bonita.

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