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"DIÁRIO ECONÓMICO"
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Pânico na bolsa chinesa, perigo
para a economia mundial
A China serviu como uma muralha para a economia mundial durante as últimas crises, mas a queda violenta das acções é classificada como uma ameaça global.
Na Europa as atenções estão centradas no dilema grego. Mas é no
Oriente que se pode estar a formar uma maior ameaça para os mercados e
para a economia global. As bolsas chinesas não param de afundar e
teme-se que isso possa comprometer o contributo do Império do Meio na
economia mundial.
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“A Grécia é uma economia pequena que esteve quase sempre numa espécie
de drama económico nos últimos 200 anos. A China é agora a maior
economia por poder de compra e a segunda em termos brutos e está a ter o
comportamento em bolsa mais violento”, referiu o economista-chefe do
Saxo Bank, Steen Jakobsen. Acrescenta que se aproxima um “perigo
global”.
E o ‘crash’ na bolsa chinesa impressiona. Desde o máximo do índice de
Xangai, atingido há menos de um mês, as acções perdem mais de 30%,
segundo dados da Bloomberg. E nem as medidas de emergência entretanto
tomadas pelo governo têm evitado o pânico.
“Temos visto dias loucos, mas hoje é o equivalente a uma quarta-feira
negra e, pela primeira vez, o regulador admitiu que existem genuíno
pânico em curso”, observou o responsável pela estratégia da IG Markets, Chris Weston. A bolsa de Xangai tombou 5,90% hoje e a de Hong Kong cedeu 5,84%.
E não é apenas a dimensão das quedas a impressionar. O número de empresas
que suspendeu a negociação de acções para se proteger das quedas ou que
desceram mais que o limite diário é enorme. As cotadas nesta situação
ultrapassam os 70% do valor de mercado da bolsa chinesa. A pressão
alastra-se a outros mercados asiáticos. Tóquio derrocou mais de 3%, Seul
desvalorizou 1,18% e a bolsa australiana cedeu 2%.
Um sinal de que a fraqueza da bolsa chinesa está já a ser encarada
como tendo o potencial de afectar o crescimento está nos preços das
matérias-primas industriais. O preço do cobre desce hoje 4,48% e o do
alumínio cai 1,71%. Negoceiam perto dos mínimos atingidos durante a
crise financeira.
O ‘crash’ da bolsa chinesa ocorre após uma corrida às acções, com os
chineses a recorrerem a crédito para colocarem na bolsa. Isso levou a
que em menos de um ano, o índice de Xangai subisse mais de 150%,
atingido o máximo a 12 de Junho. Apesar dos sinais de que a bolha está a
rebentar, alguns especialistas de mercado referem que ainda é exagerado
falar-se em bolha financeira.
*Vai ser uma lição para os psicopatas da globalização, também uma lição para os gananciosos que levaram o "Know how" do ocidente para os países da Ásia que nunca mais o recuperam.
Sra. ministra das Finanças ainda tem os cofres cheios?
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