HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
1,6 milhões de utentes há mais de
três anos sem ir ao centro de
saúde estão a ser notificados
Cerca de 1,6 milhões de utentes estão há mais de três anos sem utilizar
os centros de saúde onde estão inscritos e a ser, por isso, notificados
por carta, para informar a instituição, caso pretendam manter a
inscrição activa.
De acordo com a Administração Central do
Sistema de Saúde (ACSS), estas cartas começaram a ser enviadas a estes
utentes no final de Janeiro, esperando este organismo que o processo
termine no início de Março.
Este contacto insere-se no processo de reorganização e actualização
das listas dos utentes dos médicos de medicina geral e familiar e dá,
desta forma, cumprimento a um despacho do secretário de Estado Adjunto
do Ministro da Saúde, de Outubro do ano passado.
O despacho classifica os utentes dos Agrupamentos dos Centros de
Saúde (ACES) com três categorias: utente com médico de família
atribuído, utente a aguardar inclusão em lista de utentes de médico de
família, utente sem médico de família por opção e utente inscrito no
ACES, sem contacto nos últimos três anos.
São estes últimos que estão agora a ser contactados pelas
Administrações Regionais de Saúde (ARS), para se pronunciarem sobre a
intenção de manterem, ou não, a sua inscrição activa no centro de saúde.
Só a ARS de Lisboa e Vale do Tejo conta enviar 752.720 cartas,
segundo fonte do organismo. O envio destas cartas começou na semana
passada, prevendo a ARS de Lisboa e Vale do Tejo que o processo esteja
concluído na próxima semana.
Uma carta da ARS de Lisboa e Vale do Tejo a um utente que há mais de
três anos não frequenta o seu centro de saúde, à qual a agência Lusa
teve acesso, explica que este tem até 90 dias para "manifestar a sua
intenção de manter a sua inscrição activa".
Tal poderá ser feito "presencialmente ou por contacto telefónico", através da referência de um código que é atribuído na carta.
No caso de o utente optar por ser classificado como "utente inscrito
no ACES sem contacto nos últimos três anos", este "mantém o acesso às
prestações de saúde asseguradas pelo respectivo ACES, nomeadamente
vacinação, tratamentos de enfermagem, serviços das unidades de saúde
pública, unidades de cuidados na comunidade e das unidades de recursos
assistenciais partilhados".
Na carta, assinada pelo presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, o
utente é informado que pode, "a qualquer momento, requerer a
reactivação da respectiva inscrição".
* Medida pedagógica.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário