11/01/2012




HOJE NO
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Taxa de inflação de 2011
é a mais alta da última década

A taxa de inflação média de 2011 cifrou-se nos 3,7 por cento, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em 2010, a variação média do Índice de Preços no Consumidor (IPC) tinha sido 1,4 por cento. Para 2012, o Governo prevê uma taxa de inflação de 3,3 por cento.
Em dezembro, a taxa de inflação homóloga (ou seja, comparando com o mesmo mês do ano anterior) foi 3,6 por cento.

A variação mensal - isto é, relativamente ao mês anterior - foi nula.
Entre os principais fatores que explicam a taxa anual de 3,7 por cento está o aumento do IVA. A taxa máxima deste imposto passou de 21 para 23 por cento no início do ano passado; a partir de outubro, a taxa sobre a eletricidade e o gás natural passou de 6 para 23 por cento.
O INE destaca igualmente o impacto do aumento dos preços dos transportes em agosto, e o "crescimento acentuado dos produtos energéticos".

Das doze classes de produtos incluídos no IPC, só numa é que os preços não subiram em 2011: vestuário e calçado. Os principais contributos para a inflação vieram das classes dos transportes e de "habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis".
As classes de produtos alimentares e bebidas e saúde -- cujos preços desceram em 2010 -- contribuíram no ano passado para o aumento dos preços.
Ainda segundo o INE, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) teve uma variação média de 3,6 por cento em 2011, com uma variação homóloga de 3,5 por cento em dezembro.

O IHPC é calculado com uma ponderação das classes de produtos ligeiramente diferente da do "cabaz" do IPC, e permite fazer comparações a nível comunitário. A taxa homóloga do IHPC para Portugal em dezembro foi 0,7 pontos percentuais superior à média da zona euro.

Taxa de inflação de 2011 é a mais alta da última década

A taxa de inflação média registada em 2011 é a mais alta da última década, e a segunda mais alta desde que Portugal aderiu ao euro.
A variação média do Índice de Preços no Consumidor (IPC) atingiu os 3,7 por cento em 2011, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Desde 1999, só por uma vez é que a taxa de inflação superou este valor: em 2001, quando chegou aos 4,4 por cento.
No entanto, 2011 foi um ano de recessão - o Governo e o Banco de Portugal estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) português terá diminuído 1,6 por cento.

Já em 2001 a economia portuguesa expandiu-se 2 por cento, na sequência de cinco anos consecutivos com taxas de crescimento acima dos 3,6 por cento.
Segundo a previsão do Governo, a taxa de inflação em 2012 deverá atingir os 3,3 por cento.


* Não são só os salários a diminuir é também o aumento dos preços ao consumidor que ditará cada vez mais insolvências familiares.


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