29/11/2009

OS MENINOS DE PALHAVÃ


Os denominados Meninos de Palhavã eram os filhos bastardos (de sexo masculino) de D. João V (1706-50), reconhecidos pelo soberano em documento que firmou em 1742, mas que só foi publicado em 1752, após a sua morte.

A expressão deriva do facto de terem habitado no palácio do marquês de Louriçal, na zona de Palhavã, na altura arredores de Lisboa mas que hoje se situa em plena cidade (o edifício - denominado Palácio da Azambuja - é hoje a Embaixada de Espanha em Lisboa, ou "Palácio dos Meninos de Palhavã"). Receberam educação em Santa Cruz de Coimbra sob o preceptorado de Frei Gaspar da Encarnação para se fazerem religiosos. Por escrúpulos de consciência do rei, há um «Decreto porque S. Majestade houve por bem declarar três filhos ilegítimos», dado em Caldas da Rainha em 6 de agosto de 1742. Considera que eram filhos de «mulheres limpas de todo sangue infecto», pelo que pedia ao príncipe herdeiro para favorecer os irmãos. Este assim o fez por decreto de 21 de abril de 1752, registrado ao livro 1º das Patentes, folio 223.

Eram eles:

Em consequência de um conflito que tiveram com o marquês de Pombal, D. António e D. José foram desterrados para o Buçaco em 1760 de onde só puderam regressar depois da morte de D. José I, em 1777.


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