22/11/2009

MARIA SOFIA DE NEUBURGO



D.Maria Sofia de Neuburgo, Rainha de Portugal
Rainha de Portugal
D. Maria Sofia, rainha de Portugal.
D.Maria Sofia de Neuburgo, Rainha de Portugal,
2ªEsposa de El-Rei D.Pedro II
Nascimento 6 de Agosto de 1666

Brevath, Império Germânico
Morte 4 de Agosto de 1699

Lisboa
Casa Real Neuburgo, Condes Palatinos do Reno
Pai Filipe Guilherme, Conde Palatino do Reno
Mãe Isabel Amália

Maria Sofia Isabel de Neuburgo (Brevath, ducado de Juliers, 6 de agosto de 1666Lisboa, no paço da Ribeira, em 4 de Agosto de 1699) foi a segunda mulher de D. Pedro II. Filha do eleitor palatino do Reno, conde Filipe Guilherme, portanto ligada à casa reinante da Baviera, os Wittelsbach, e de sua segunda mulher, Isabel Amália.

Por influência de Espanha onde reinava uma princesa da Casa de Neuburgo, Dom Pedro, nomeou Manuel Teles da Silva, 1º marquês de Alegrete, embaixador extraordinário com o encargo de ir pedir a mão de D. Maria Sofia, sendo o contrato de casamento assinado em 11 de Agosto de 1687. A nova rainha recebeu 100.000 florins de dote. Quando chegou ao Tejo foi recebida com grandes festas.

Tinha 20 anos ao ser pedida em casamento por D. Pedro II, viuvo há quatro anos. Como a herdeira, D. Isabel, era fraca e doente, ao completar 16 anos os conselheiros de Estado pediram oficialmente ao Rei um segundo casamento. Combatiam em torno dele, para determinarem a escolha da futura rainha, a influência francesa e a influência espanhola. Luís XIV sugeria Mademoiselle de Bourbon, os ministros espanhóis uma princesa da casa de Neuburgo, irmã da Rainha de Espanha. A influência espanhola venceu pelas informações mandadas ao Rei por António de Freitas Branco, encarregado de ver as duas princesas.

O conde de Vilar Maior, Manuel Teles da Silva, futuro primeiro marquês de Alegrete, foi como embaixador para pedir em Heidelberg a mão da princesa e de tratar das condições do contrato. A embaixada deixou Lisboa em 8 de dezembro de 1686. O contrato assinou-se a 22 de maio de 1687, pelo qual era ela dotada com 100.000 florins do Reno.

Casamento

Casou em 2 de julho de 1687 na capela eleitoral de Heidelberg por procuração. Deixou Heidelberg no início de agosto, fazendo a viagem pelo rio Reno, com homenagens dos governadores e magistrados das cidades e fortalezas nas duas margens do rio, assim como príncipes e os governos das terras circunvizinhas, quais foram os Arcebispos eleitores de Mogúncia, de Treves, de Colónia, e o Bispo de Vormes, primo do Imperador; Carlos II de Espanha, o Príncipe Guilherme de Orange, fut Rei da Inglaterra, e os Estados Gerais das Províncias Unidas, assim como a Holanda, por seus deputados.

Em Brila embarcou D. Maria Sofia de Neuburgo num iate inglês, que Jaime II pôs à sua disposição, escoltada por esquadra comandada pelo Duque de Grafton, filho do rei Carlos II, com quem vinha o Príncipe Fitz James, e alguns lordes. A armada arribou a Plymouth, chegando a Lisboa a 12 de agosto de 1687, fundeando pelo meio-dia. Havia numerosas embarcações pelo Tejo, navios de guerra fundeados adornados de bandeiras e flâmulas, salvas de castelos e fortalezas, sinos de igrejas, girândolas de foguetes. Pelas 3h embarcou D. Pedro II no bergantim real com os oficiais de sua casa, presidentes dos tribunais e fidalgos. Era precedido por 24 bergantins adornados de toldos, onde iam os fidalgos. Ao sair do bergantim era esperado pelo General Crafton e por D. Luís de Meneses, conde da Ericeira. Entrou na câmara da rainha a cumprimentá-la e vieram ambos para bordo do bergantim real entre as salvas repetidas das armadas portuguesa e inglesas. Desembarcaram em pavilhão levantado na ponte da Casa da Índia, e desde ali até à capela real do paço da Ribeira tudo se via adornado. Receberam as bênção nupciais do arcebispo Lisboa e capelão-mor do Rei, D. Luís de Sousa.

Houve dias de festas públicas e brilhantes iluminações. D. Maria Sofia de Neuburgo era bondosa, e D. Pedro II consagrava-lhe o afeto e respeito. D. Isabel, que tinha quase a mesma idade, muito se lhe afeiçoou. Teve dissidências com a cunhada, D. Catarina de Bragança, por questões de etiqueta e de precedências, tão graves no século XVII. Devota e caritativa, do seu bolso sustentava viúvas e órfãs, chegando a recolher no paço doentes pobres. Tinha muita afeição ao Padre Bartolomeu do Quental, que faleceu com fama de santidade. Fundou em Beja um colégio para os religiosos franciscanos, que dotou com rendimentos. Faleceu cedo, vítima de ataque de erisipela no rosto e a cabeça. Sepultada no hábito de São Francisco no panteão real de São Vicente de Fora. Esteve casada 12 anos e teve sete filhos. Jaz no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.

Morreu aos 33 anos e apesar dos pomposos elogios fúnebres proferidos em Lisboa e em Lagos, não se salientou para além da missão caritativa exercida.

Descendentes

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