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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
31/01/2023
UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA
Candice Didonet,
Cacá Fonseca,
Cássia Nunes,
Filipe Britto,
Igor Zargov,
Maycira Leão,
Marila Veloso,
Pedro Britto,
Ricardo Alvarenga,
Thiago Costa.
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AURORA RIBEIRO
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Mamilos de trazer ao peito
Para este início de 2023, reúno nestas linhas alguns gestos recentes da vida artística e cultural açoriana. A escolha é pessoal e, mesmo que não tenha qualquer feição partidária, não deixa de ser, claro, política.
A arte avança sempre um, dois ou mil passos mais à frente. Em certos momentos e temas, só mesmo a arte consegue avançar. O seu poder tanto reside na mais subtil simplicidade, como em estrondosos impactos, ou por via de forças desconhecidas. Por vezes alastra rapidamente em terreno fértil, outras vezes demora a entranhar-se e a fazer-se valer. Seja como for, terá de haver quem a faça, quem a viva, quem a incentive e quem a debata. Para este início de 2023, reúno nestas linhas alguns gestos recentes da vida artística e cultural açoriana. A escolha é pessoal e, mesmo que não tenha qualquer feição partidária, não deixa de ser, claro, política.
Rádio - “O Fim dos Princípios” é um programa de rádio na Antena 1 Açores. Foi pela primeira vez para o ar a 20 de junho de 2021. Selecionada e lida por Helena Barros, “a literatura ao abrir da semana” abre um buraco no tempo e no espaço onde nos suspendem palavras, açorianas e de além mar, de hoje e de ontem. Literatura sobre a arte, o amor, o desejo, as ilhas, a felicidade ou a literatura em si mesma. Um aceno de liberdade da própria Helena, que aconchega cada excerto lido na partilha da sua emoção e arte. Aos domingos, a partir das 21h ou em permanência na RTP Play.
Cinema - É incontornável o filme sensação “O Lobo e o Cão” de Cláudia Varejão, a que o público faialense poderá assistir já no próximo mês pela mão do Cineclube do Faial e que a autora apresenta como “uma encantada ode à comunidade queer da ilha” de São Miguel, onde filmou. Mas importa salientar o legado de mostras como a “Imprópria”, um evento cultural de intervenção social dedicada ao cinema de igualdade de género ou o ciclo “As Malcriadas”, que o Cineclube do Faial trouxe em 2022, com o fito de trazer histórias de mulheres que se insurgem face à cultura patriarcal, às amarras da tradição e da religião, ou perante tensões sociais e políticas.
Artes Plásticas - Raquel Vila Arisa é a “Lapa Brava”, ilustradora, em cujo trabalho as mulheres são motivo central, e onde os seus corpos se escondem ou afirmam na sua relação com o mundo, com as tradições, com os homens e com outras mulheres. Além da leitura crítica, as composições em stencil desta autora exortam também à emancipação feminina, não apenas da mulher enquanto ser abstrato, mas da mulher e da rapariga açoriana de hoje. Helena Chaves Bulcão iniciou recentemente o trabalho de artesã com o nome “Pudiquices”, criando objetos inspirados em partes do corpo censuradas e mesmo desconhecidas (para alguns). Mamilos, vulvas e clitóris de usar ao peito ou trazer por casa. Ambas as artistas estão no instagram.
A transformação não acontece sem ousadia, provocação e muito apoio. Falta ainda que entidades culturais regionais, como museus, bibliotecas e outros, se atrevam a acolher, convidar e a incentivar a criação, a provocação e o diálogo sobre os assuntos do aqui, do agora, de toda a gente. No Faial isso fará, certamente, toda a diferença.
* Licenciada em Cinema, mestre em Comunicação e Media, bolseira de doutoramento em Sociologia no ICS da Universidade de Lisboa. Nasceu em Lisboa e vive na Horta, Açores, desde 2008. Co-diretora do Festival Maravilha na Horta.
IN "ESQUERDA" - 28/01/23.
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3̷0̷ A̷N̷O̷S̷, 3̷0̷ H̷I̷S̷T̷Ó̷R̷I̷A̷S̷
3326
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4-ESTA MERDA CUSTA
4,2 MILHÕES DE EUROS+IVA
(SÓ O EQUIPAMENTO DE LUZ, VÍDEO E SOM EM TODO
O RECINTO ACRESCE MAIS DE 4 MILHÕES DE €s)
30/01/2023
JOÃO GONÇALVES
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Os camarlengos portuguesese o Papa
Francisco tende a explicar-se muito "par délicatesse", mas sabe tão bem como os seus predecessores que não existe doutrina da Igreja sem dogma.
E quando subsistem dúvidas ou hesitações por causa da correcção política - que ele habituou mal nestes dez anos de pontificado -, clarifica a doutrina milenar, como, aliás, lhe compete. Falemos das Jornadas Mundiais da Juventude que se realizam em Lisboa na primeira semana de Agosto. Desde logo, e vejo isso pouco sublinhado, as "jornadas" são católicas.
Quando foi anunciado, em Janeiro de 2019, que as próximas seriam aqui, o regime todo, desde o quarto de hotel de onde Marcelo celebrou histericamente a escolha, até ao Estado laico representado pelo então Governo da "geringonça", passando pelo magnífico edil Fernando Medina, o regime, dizia, imolou-se imediatamente no altar das "jornadas", repito, católicas. Para o efeito, apareceram uma série de camarlengos do regime para deitar as fundações da coisa ao chão.
O Governo nomeou o não menos magnífico José Sá Fernandes, avençado até 2024 em 210 mil euros, e as câmaras de Lisboa e de Loures empenharam (sobretudo a primeira) dezenas de milhões de euros no exercício. Como de costume, e a cento e oitenta dias do evento, as "jornadas" polemizaram-se sobretudo por causa das empreitadas com altares, entregues à construtora Mota Engil. Os valores, pornográficos, arrebitaram o jacobinismo latente nas elites e na comunicação social, dando quase origem a uma nova "questão religiosa", tão ao gosto da ditadura laica e republicana do doutor Afonso Costa.
Outros, como Carlos Moedas e a própria Igreja portuguesa, desfizeram-se em mesuras, desculpas e contrições, indo agora juntar-se todos para "estudar" melhor o assunto do qual, e bem, o Vaticano lavou as mãos. Francisco, tão adorado pelos "tempos", foi afinal descoberto como Papa que é e, logo, criticado por assumir a doutrina. Para tornar tudo ainda mais miseravelmente amoral, juntaram a uma "unidade de missão para as jornadas" empresários de espectáculos musicais, e outros, a pensar no "retorno" e no "investimento".
Ignoram, todos, que precisamente no momento em que Jesus é escarnecido na cruz, realiza-se a destruição do templo dos vendilhões. E forma-se o novo templo, o altar, se quiserem, que é o próprio Ressuscitado. "No fim da Paixão, com a morte de Jesus, o véu do templo rasga-se em dois, de alto a baixo, e emerge a própria realidade: Jesus crucificado que nos reconcilia a todos com o Pai". Ratzinger/Bento XVI deixou-o bem claro na "opus magnum" sobre Jesus da Nazaré: "a cruz é o Seu trono de onde atrai o Mundo a Si". Não é ao contrário. As "jornadas" ou serão isto, ou não serão nada.
* Jurista
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS" - 30/01/23.
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TIROU O FUTEBOL DA IDADE MÉDIA
1-O ᖇᙓI ᑭᙓᒪᙓ́ 1962
NR: Exactamente há um mês, no dia a seguir à partida de PELÉ, editámos todo este filme no mesmo dia, recebemos alguns pedidos duns visitadores mais preguiçosos para reeditar o filme agora semanalmente, argumentando que o REI merece, sabemos que somos simpáticos..
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3-ESTA MERDA CUSTA
4,2 MILHÕES DE EUROS+IVA
(SÓ O EQUIPAMENTO DE LUZ, VÍDEO E SOM EM TODO
O RECINTO ACRESCE MAIS DE 4 MILHÕES DE €s)