Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
28/02/2021
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Isabel dos Santos e o destino dos milhões da Sonangol
Um ano depois das revelações do Luanda Leaks, a SIC e o Expresso tiveram acesso a novos documentos relacionados com os 131 milhões de dólares pagos pela Sonangol a uma sociedade do Dubai, controlada por uma amiga de Isabel dos Santos. Os papéis provam que parte desse dinheiro - 73 milhões - serviu para remunerar três consultoras internacionais com escritórios em Portugal e um reputado escritório de advogados. Nenhum tinha ainda assumido estes pagamentos. Outros 51 milhões de dólares acabaram por ir parar a empresas da esfera da empresária angolana ou de pessoas relacionadas com a filha do ex-presidente de Angola.
LUANDA LEAKS: A INVESTIGAÇÃO
A decisão surge na sequência de uma investigação levada a cabo pelo Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação, intitulada de Luanda Leaks, a maior investigação jornalística alguma vez feita aos negócios da empresária angolana Isabel dos Santos. Mais de 715 mil documentos foram analisados por 120 jornalistas dos maiores órgãos de comunicação social de todo o mundo começaram a ser divulgados.
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SOFIA AFONSO FERREIRA
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* Fundadora da "Democracia21"
IN "O JORNAL ECONÓMICO" - 25/02/21
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2-A COWSPIRAÇÃO
* Documentário de 2014, com produção de Leonardo di Caprio, Jennifer Davisson e Kip Andersen. A busca por respostas levanta uma questão polemica sobre um grave problema ambiental que está destruindo o planeta Terra.
** Pelo facto de os pensionistas deste blogue se identificarem com o conteúdo do vídeo não significa que sejam vegetarianos, antes pelo contrário.
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Mais uma notável produção da RTP
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𝑆𝐼𝑁𝑂𝑃𝑆𝐸:
27/02/2021
RICARDO SIMÕES FERREIRA
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Porque foi o Facebook
e a Google quem ganhou
a guerra com a Austrália*
*E ainda resta saber se a imprensa de facto saiu a ganhar disto tudo. Pelo menos, o público australiano tem os seus habituais serviços online de volta.
O governo australiano conseguiu. Vergou os gigantes da internet americanos e obrigou-os a pagar pelos conteúdos dos jornais e outros órgãos de comunicação social que circulam nas suas plataformas. Foi uma grande vitória, não exatamente da classe operária, mas, pelo menos em nome, das depauperadas redações que vão sobrevivendo -- por vezes nem se percebe bem como -- no meio de uma revolução comunicacional que parece dar dinheiro a toda a gente menos a quem faz notícias.
Lendo a maioria das notícias publicadas por todo o mundo nos últimos três dias, foi sem dúvida uma tal vitória que aconteceu. Até o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, veio publicamente pedir desculpa aos australianos, assumindo o erro de os ter privado durante alguns dias de conteúdos noticiosos, ao ter impedido (durante o braço de ferro com o governo) a partilha de quaisquer links provenientes de órgãos de comunicação social.
Antes, (para quem não acompanhou nada disto) a Google tinha mesmo ameaçado simplesmente sair da Austrália. Em causa estava um anunciado projeto de lei que visava obrigar os gigantes da internet (leia-se, G e FB) a pagar por todos os conteúdos informativos que passem pelas suas plataformas.
Ultrapassadas as birras, a lei lá foi aprovada na quarta-feira. E o que é que ficou na versão final? Uma coisa que, simplesmente, não se aplica nem à Google nem ao Facebook.
Diga o que disser a propaganda do governo australiano, a realidade é que a lei aprovada simplesmente isenta a Google e o Facebook da aplicação das normas agora em vigor se estes demonstrarem ter negociado, a título privado, com as empresas de comunicação social contrapartidas financeiras consideradas satisfatórias, como noticia a Business Insider.
Foi este o compromisso conseguido do lado do executivo australiano.
O que, na minha opinião, não tem nada de mal à partida. Exceto quando...
Ainda segundo o Insider, o Facebook está em negociações com os maiores grupos de media para encontrar uma forma de pagamento.
O que deixará os mais pequenos -- e vulneráveis -- editores simplesmente a arder. Ou talvez não... Viremos a saber? (Já cá volto.)
Também a Google já tinha negociado financiamento com os maiores publishers (incluindo o grupo de Rupert Murdoch, como aqui escrevi na semana passada). Entretanto já houve acordos com 50 publicações, o que é um avanço interessante, resta saber se tal é suficiente....
Isto porque tanto Google como Facebook têm já há vários anos -- em especial para a comunicação social em língua inglesa, mas não só (existe investimento deste tipo em Portugal) -- projetos de investimento nos media. O valor investido é muito, é pouco? Depende com certeza a quem se pergunte. Mas ele existe e é anual. E há vários projetos de media (incluindo, repito, em Portugal), que só existem porque tiveram esse apoio destes gigantes da internet.
O que esta lei australiana acaba por fazer, relativamente pelo menos à G e ao FB, é deixar tudo mais ou menos na mesma. Uma vez que as negociações com as empresas de media serão feitas à porta fechada e o governo -- ou o tribunal arbitral para o efeito -- só terá acesso aos números finais, corre-se o risco real (e muito provável) de eles simplesmente irem pagar o dinheiro que, de qualquer forma, já iriam gastar.
Nem sou eu que o digo primeiro. É o professor de Estudos de Internet da Universidade de Curtin Tama Leaver, quem o afirmou à ABC. Mas é tão evidente!
Resta uma esperança, ainda que tão fugaz quanto o sonho de uma formiga que olha uma andorinha e deseja partir com ela para uma terra mais quente na primavera. Que o governo australiano seja capaz de agir a tempo e eficazmente se e quando os pequenos editores, os regionais ou os que ainda fazem jornalismo independente, sem medo de afrontar o poder político ou económico, se virem a ficar de fora das negociações.
Mas a estas formigas trabalhadoras, normalmente, mais não lhes resta do que a ameaça de uma bota.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" - 26/02/21
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ALVÍSSARAS
PROCURA-SE:
Qualquer Provedor de Misericórdia (ou familiar) Administrador Hospitalar (ou familiar) , dirigente do INEM (ou alguém das suas relações, um dos 800 padres já vacinados, ligados a lares, ou suas governantas, autarca (com preferência para o Calixto, de Reguengos de Monsaraz ou seus amigos do partido) para sacar cinco vacinas à surrelfa, que possam ser consideradas sobras para não alarmar.
OFERECE-SE:
Um saco de azeitonas retalhadas, um rábano, uma caixa de torresmos do rissol (que não é um torresmo qualquer) e uma açorda alentejana. É para um amigo.
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