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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Ano letivo
mais férias de verão e
só metade dos dias com aulas
Relatório da rede Eurydice, publicado pelo Conselho Nacional de Educação, mostra que alunos portugueses têm 13 semanas de férias grandes. Na Suíça, esse número pode ser de apenas cinco semanas.
Os alunos portugueses são dos que passam mais tempo de férias no verão
em comparação com o resto da Europa. Um relatório da Eurydice, a rede
europeia de informação sobre educação, publicado pelo Conselho Nacional
de Educação no arranque de um novo ano letivo, mostra que as nossas
escolas só têm aulas em cerca de metade dos dias do ano.
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QUEM O PREGA? |
A Albânia
é o país europeu com menos dias de aulas, 156, e os alunos italianos e
os dinamarqueses são os que passam mais dias na escola: 200. Portugal
está neste ponto na média europeia, com entre 175 e 180 dias
aproveitados. A Dinamarca e a Finlândia são os países onde o ano letivo arranca mais cedo, logo no início de agosto.
Aqui, as nossas escolas já fogem à tendência maioritária na Europa,
onde em 19 dos 38 países analisados no estudo "A organização do tempo
escolar os alunos" os estudantes regressam às aulas a 3 de setembro.
Portugal inicia as aulas a meio do mês e é acompanhado nesse calendário
por outros países do Sul, como Espanha, Itália, Albânia e Turquia. Malta
inicia o ano letivo apenas no final de setembro.
Em relação aos períodos de férias, os jovens portugueses até têm menos uma pausa do que os seus colegas de outros 19 países: as férias de outono,
que tanto podem ser de dois dias na República Checa, na Islândia e na
Sérvia, como podem chegar às três semanas na Suíça. No Natal,
acompanhamos a maioria dos países, com duas semanas de interrupção
letiva (a Polónia e a Eslovénia dão apenas uma semana, enquanto na
Alemanha são três), tal como na Páscoa. Montenegro e Turquia não têm
férias na primavera, a Finlândia e a Eslováquia têm apenas quatro dias,
enquanto na Suíça se volta a parar três semanas. É de notar que, tal
como em países como a Alemanha, a Espanha, a Itália ou a Áustria, também
na Suíça as pausas escolares podem variar entre regiões. Já na Suécia e
na Noruega essa responsabilidade cabe aos municípios, mas na maioria
dos países o número de dias de aulas é fixado pelos governos centrais.
Os
suíços compensam as pausas maiores durante o ano com umas férias de
verão mais curtas, que duram, na maioria dos cantões, menos de sete
semanas. Em alguns casos, podem ser apenas de cinco semanas, pouco mais
de um mês. No extremo oposto, os alunos do ensino básico búlgaro podem passar 15 semanas em casa, quase quatro meses.
Mas os portugueses não têm muito menos tempo de férias grandes: 13
semanas, o que nos coloca no grupo dos países com pausas mais
prolongadas no verão.
O ano letivo em Portugal arrancou oficialmente no dia 12, mas a maioria das escolas esperou por esta segunda-feira para iniciar as aulas de cerca de 1,5 milhões de estudantes.
Um arranque de calendário escolar que será marcado pela contestação
sindical em relação à contabilização do tempo de serviço congelado para
efeitos de progressão.
Os sindicatos agendaram logo para a
primeira semana de aulas cerca de 1500 plenários em todo o país, aos
quais se vai seguir uma greve entre 1 e 4 de outubro e uma manifestação
nacional a 5 de outubro, Dia Mundial do Professor, antes de darem início
a concentrações em frente à Assembleia da República nos principais
momentos de discussão e votação do Orçamento do Estado.
* E tudo isto se passa num país laico ou crismado a mando do Orçamento do Estado.
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