28/01/2016

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HOJE NO 
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Costa desvaloriza preocupações da
. Comissão e diz serem “tecnicalidades”

“Nada se passa a nível político”, afirmou o primeiro-ministro à saída de um almoço com o homólogo holandês, em Haia. Conversa com Moscovici revela que também para a CE a questão é técnica.

António Costa falou hoje com o comissário europeu dos Assuntos Económicos, tendo recebido a confirmação de Pierre Moscovici de que “nada se passa a nível político, tudo se passa a nível técnico”.
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Falando aos jornalistas após um almoço com o primeiro-ministro holandês, o chefe de Governo português reiterou, acerca das dúvidas apresentadas por Bruxelas relativamente ao esboço de Orçamento português para 2016, que  “a única coisa que conhecemos é a carta que nos foi dirigida pela Comissão, onde a Comissão solicita que haja avaliação técnica”. António Costa explicou ainda que “as equipas estão a trabalhar desde hoje de manhã, tendo em vista esclarecerem até amanhã tudo o que há a esclarecer em matéria de números, para podermos depois ter um diálogo construtivo em torno desta questão”.

“Não creio que haja nenhum problema sério, agora ao nível político não há ainda qualquer debate sobre essa matéria. O que para já estão a esclarecer são tecnicalidades orçamentais que cabe aos serviços tratar”, disse Costa recusando-se a comentar o que considera “pareceres técnicos”. “Sou primeiro-ministro, os primeiros-ministros tratam das questões políticas, assim como os membros do Governo, e é isso que nos compete fazer. Neste momento há um diálogo técnico que está a decorrer, vai correr, certamente esclarecer quais os números que estão certos e é em função disso que o debate político se fará se for o caso disso”.

“Falei há pouco com o ministro das Finanças que me confirmou que a equipa da comissão está em Lisboa a trabalhar com os serviços do Ministério e aguardamos esse trabalho”.

Governo vai oferecer ajuda aos parceiros para lidar com refugiados
Neste “almoço de trabalho” tido com o homólogo holandês, que é também presidente em exercício da União Europeia, falou-se de “refugiados, [do] novo impulso para a convergência e prioridade que partilhamos para termos melhor qualidade legislativa, maior simplificação, maior modernização”, disse Costa aos jornalistas.

O Governo português irá propor na próxima semana a Angela Merkel um aprofundamento da cooperação para com os países mais pressionados pelo afluxo de refugiados, designadamente Alemanha, Itália e Suécia, disse Costa aos jornalistas, destacando a “grande preocupação sobre o impacto que está a ter no conjunto da União Europeia a situação dos refugiados”.

O primeiro-ministro revelou “disponibilidade para sermos parte activa na resolução dos problemas europeus” e “na defesa da fronteira externa – Portugal é o país que tem dos mais largos segmentos da fronteira externa. Tal como se um dia tivermos grande pressão sobre as nossas fronteiras gostaríamos de receber apoio dos nossos parceiros, estamos obviamente disponíveis para colaborar com os nossos parceiros na defesa e protecção de fronteiras que estão a ser pressionadas”.

Além do afluxo de pessoas provenientes do norte de África, Médio Oriente e sudoeste asiático, António Costa referiu ainda a apresentação da “disponibilidade de colaborar nos esquemas de distribuição de ‘hotspots’, sistemas de distribuição de refugiados que manifestamente não está a funcionar”, considera o primeiro-ministro. 

Na conversa com os jornalistas, Costa explicou que “o Governo anterior disponibilizou-se para receber mais de 4.000 refugiados e até agora recebemos 26. O primeiro-ministro holandês disse-me que receberam 50 na Holanda, pelo que é necessário agilizar a solução para este problema”.

* Desejamos que António Costa não dê o dito por não dito, é preciso estar atento ao aviso dos técnicos da UTAO.

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