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"CORREIO DA MANHÃ"
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Estado esconde subsídios de luxo a diplomatas
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O
Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) nunca divulgou o montante
dos subsídios atribuídos aos diplomatas. E Paulo Portas, tal como
fizeram os seus antecessores no cargo de ministro dos Negócios
Estrangeiros, não vai, para já, divulgar aqueles valores, que já foram
alvo da análise crítica da troika. Entre salário, abonos de
representação e casa, um diplomata pode receber mais de 11 mil euros por
mês.
O
Ministério liderado por Paulo Portas admite, em resposta a questões do
CM, que "os despachos que regem a matéria de abonos actualmente em vigor
no MNE são de 1986 e 1994, não tendo, na altura sido publicados."
Copenhaga,
Roma e Madrid são, segundo documentos do MNE, as capitais onde os
diplomatas têm subsídios mais altos: por exemplo, o abono de
representação de um conselheiro de embaixada, segunda categoria na
carreira diplomática (imediatamente abaixo de embaixador), atinge 6291
euros em Copenhaga 6285 euros em Roma e 6190 euros em Madrid. Com todos
estes abonos (representação e casa), um conselheiro recebe um vencimento
mensal que ultrapassa os 11 800 euros. Já em Luanda, segunda cidade
mais cara do Mundo, e considerada estratégica para os interesses
nacionais, a remuneração mensal ronda os 8400 euros. O MNE admite que "a
crítica à não revisão destas tabelas é antiga", dado que "alguns
valores estão desactualizados". A troika quer que o Governo introduza
alterações nos abonos.
FILHA DE EMBAIXADOR NOMEADA
Paulo
Portas nomeou Maria Monteiro, filha do embaixador e ex-ministro dos
Negócios Estrangeiros António Monteiro, adida técnica principal na
embaixada de Portugal em Londres.
Maria Monteiro
cessou funções na embaixada em Londres a 6 de Fevereiro deste ano,
depois de ali ter estado como adida de imprensa durante seis anos, prazo
máximo estabelecido na lei.
Ao abrigo do regime
de pessoal especializado então em vigor, foi acordada a sua manutenção
em funções até 6 de Agosto. E a 31 de Julho seria nomeada adida técnica
principal ao abrigo de uma lei do Governo da coligação PSD/CDS-PP que
entrou em vigor a 1 de Julho. O Ministério dos Negócios Estrangeiros
justifica a nomeação com a "necessidade de manutenção de uma adida
técnica (a única ali existente)."
* Em Portugal há gente que não sente a crise, regra geral são pessoas ligadas de alguma maneira ao poder político, porque será???
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