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"CORREIO DA MANHÃ"
Saúde: Vacinas, pílulas e medicamentos para asmáticos perdem ajuda do SNS
Remédios mais caros a partir de Outubro
A partir de Outubro, os medicamentos para os asmáticos vão ser mais caros, com a redução da comparticipação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que baixa dos 69% para 37%. Algumas vacinas e as pílulas perdem a comparticipação e passam a ser totalmente suportadas pelos portugueses. Com estes cortes, o Ministério da Saúde espera arrecadar 19 milhões de euros por ano.
O anúncio da perda da comparticipação dos medicamentos foi feito pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, no Parlamento, e insere-se no conjunto das medidas para reduzir o défice na Saúde.
Ao que o CM apurou, as vacinas que perdem a comparticipação do SNS são contra o vírus do papiloma humano (VPH), que previne o cancro do colo do útero, da hepatite B e contra o hemophilus tipo B, uma bactéria que provoca meningite e pneumonia. Estas vacinas representam uma despesa de 1,5 milhões de euros por ano ao SNS.
Ou seja, quem for à farmácia comprar, por exemplo, a vacina Cervarix, contra o VPH, passa a pagar 127 euros em vez de 80 euros por dose. A pílula Minesse passa dos 5,57 euros para os 18 euros e alguns medicamentos para a asma passa de 3,63 euros para 12 euros.
Fonte do Ministério sublinha que as "vacinas se inserem no Plano Nacional de Vacinação e continuam a ser distribuídas gratuitamente nos centros de saúde, tal como as pílulas contraceptivas, que por regra são adquiridas sem receita".
FUNDO PARA DESPEDIR AO SABOR DA BOLSA
O Executivo quer que as empresas descontem até 1% do salário dos trabalhadores para um Fundo de Compensação do Trabalho (FCT). O fundo, que só se vai aplicar aos novos contratos, será gerido por entidades privadas, à semelhança do que acontece com os PPR, pelo que se na altura em que o trabalhador tiver de o receber os mercados estiverem em crise, "dos mil euros descontados recebe 300", alerta o economista Eugénio Rosa.
O fundo, que implica o desconto de 1% do salário mensal por 14 meses ao ano, serve principalmente como rede de segurança para garantir parte do valor da indemnização em caso de despedimento. Mas dado que a conta criada é individual, quem receba mil euros mensais desconta dez euros/mês. Se a pessoa for despedida passado uma década, o fundo paga apenas 20% do total da indemnização.
Eugénio Rosa alerta ainda que os empresários tenderão a contratar pagando um salário 1% abaixo do inicial, para assim financiar o fundo.
* E assim se evidencia mais uma contribuição, leia-se imposto mascarado, dos portugueses para as agencias de rating e partidos coniventes.
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