HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Associação “Frente Cívica”
pede investigação à PGR
Associação liderada pelo ex-candidato presidencial Paulo Morais defende que as PPP rodoviárias têm de ser extintas.
A associação Frente Cívica vai entregar
esta segunda-feira na Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de
investigação exaustiva ao processo das Parcerias Público-Privadas (PPP)
rodoviárias.
.
.
Num comunicado divulgado este domingo, a associação liderada pelo
ex-candidato presidencial Paulo Morais, sustenta que “as PPP rodoviárias
constituem atualmente um dos maiores problemas do país, uma vez que o
pagamento das rendas destas estruturas tem vindo a depauperar as contas
públicas e a contribuir para o enriquecimento indevido de alguns grupos
privados”.
A título de exemplo, a Frente Cívica revela
que “só na A28, que liga o Porto a Viana do Castelo, em 2017, o
concessionário receberá mais de 50 milhões de euros, independentemente
de lá passarem zero, cem ou mil viaturas, e que este cenário repete-se
em 22 PPP rodoviárias”.
Além de outros exemplos, e para além das rendas, a Frente Cívica diz
ainda que “tem havido pagamentos de largos milhares de milhões de euros
sob a forma de compensações diversas, justificadas até com alterações de
contexto simuladas e mesmo inexistentes”.
“É por não haver dúvidas sobre as medidas a tomar que a Frente Cívica
defende que as PPP rodoviárias têm de ser extintas e que só assim se
porá cobro a mais duas décadas (vindouras) de negócios perdulários para o
contribuinte português”, refere o comunicado da associação.
Segundo contas da associação, “o valor atualizado dos ativos associados
às PPP é de 6.100 milhões de euros e o Estado português prevê pagar aos
concessionários ao longo dos próximos 20 anos mais de 19.000 milhões por
este património, valor manifestamente exagerado face ao capital
considerado”.
Para a ‘Frente Cívica’, a “adequação do montante dos encargos públicos
inerentes às PPP ao valor justo do património subjacente implicaria,
face ao previsto, a redução substancial dos montantes e dos prazos de
amortização”.
A associação considera ainda que “amortizando em 20 anos, com prestações
que rondam os 30% (ou menos) dos valores previstos para 2017, é
possível amortizar a dívida com uma redução de custos que varia entre os
60% e os 48% dos custos previstos em Orçamento de Estado”.
* As PPP's continuam a ser um cancro, há políticos envolvidos nesta "doença", não há coragem para a combater.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário