HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
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Mexidas na TSU
podem custar 68 mil empregos
Estudo da Universidade do Minho conclui que as mudanças da TSU terão impacto negativo no emprego
Os professores da Escola de Economia e Gestão da Universidade do
Minho não acreditam que as alterações nas contribuições das empresas e
dos trabalhadores para a Segurança Social tenham um efeito positivo na
questão do desemprego. Muito pelo contrário. Estas mudanças não deverão
ter impacto a curto-prazo, levando, no entanto, a uma redução mais de
30.000 empregos a longo-prazo. E, no desemprego de longa-duração, as
perspectivas também não são animadoras.
As conclusões fazem parte do estudo "Emprego e TSU: O impacto no
emprego das alterações nas contribuições dos trabalhadores e das
empresas", onde os docentes e economistas contrariam a visão do Governo
quanto ao impacto no mercado de trabalho decorrentes das mudanças da
Taxa Social Única (TSU) para os trabalhadores e empresas no emprego,
anunciada por Passos Coelho há pouco mais de uma semana.
"De acordo com o modelo empírico estimado, as alterações dos
descontos para a Segurança Social levam a que se perca cerca de 33.000
empregos. Considerando um intervalo de confiança de 95%, os nossos
resultados sugerem que a perda de empregos pode ser na ordem dos
68.000", aponta o estudo. Na melhor das hipóteses, estas alterações
deverão conduzir à criação de 1.000 postos de trabalho.
Por outro lado, no desemprego de longa duração (55% do desemprego
total em 2010), o impacto da descida das contribuições das empresas é
"estatisticamente não significativo", enquanto o aumento da TSU para os
trabalhadores irá "traduzir-se num aumento do peso dos desempregados de
longa duração".
Tudo isto num cenário de redução de emprego acompanhada por um
abandono dos trabalhadores do mercado de trabalho. "A subida da TSU para
os trabalhadores tem um impacto negativo assinalável na população
activa. Tal efeito pode dever-se, por exemplo, à redução do salário
líquido que leva ao abandono do mercado de trabalho (via emigração, por
exemplo)", sublinham os especialistas.
O estudo foi realizado por Luis Aguiar-Conraria, Fernando Alexandre,
Joao Cerejeira e Miguel Portela, da Universidade do Minho, e por Pedro
Bação, da Universidade de Coimbra.
* Só os sabichões da toika que afinal erram que se fartam e os iluminados do governo é que marram neste desvario financeiro, já chega de incompetência e omissões.
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