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Três pontos de ordem
100
dias passados do novo Governo PSD/CDS, impõem-se três pontos de ordem
que são também a prova clara da arrogância e do verdadeiro ADN de quem
está na política para servir uns quantos e esquecer, espezinhar e
desrespeitar a ética e o trabalho que deveriam orientar qualquer
exercício de poder enquanto serviço a uma população:
Ponto 1:
Os
11 milhões anuais para tachos contra os 61 euros que o Governo Regional
pretende investir este ano por cada santacruzense. Ou seja, 250
nomeados levam mais por mês do que a população de um concelho, onde o
PSD deixou uma herança vergonhosa e atrasos infraestruturais de bradar
aos céus. Mas o importante para este Governo é colocar na já pesada
máquina da administração pública os seus meninos e meninas, pagos a peso
de ouro.
É só abrir o Jornal Oficial e ver a horda de
conselheiros técnicos, assessores disto e daquilo, responsáveis por
associações, empresas pública, agências e todos esses organismos que têm
como principal finalidade alimentar a clientela política com medidas
transvestidas de interesse público, mas que não passam de um carnaval
sem vergonha, nem respeito.
Ponto 2:
Por falar nesses
organismos de utilidade duvidosa, por estes dias uma dita AREAM veio a
público lembrar que Santa Cruz não aderiu ao programa de redução de CO2.
Ora tal afirmação é mais uma ilusão, para não dizer uma mentira. Santa
Cruz, na verdade, tem o seu próprio programa de redução de CO2, com
medidas como a eficiência energética e a rede de postos para
carregamentos de carros elétricos. De resto, e relativamente a estes
pseudo organismos ambientais, a única coisa que nos interessa é não
pactuarmos com o aumento de tachos, de agências e sucedâneos com os seus
meninos e meninas da já referida clientela partidária. Esta também é
uma medida ambiental para melhoria da qualidade do ar que se respira na
nossa democracia. E é uma medida da qual não abdicamos
Ponto 3:
O
Governo Regional foi convidado por este DIÁRIO a fazer uma
auto-avaliação. Como mau pecador, é claro que os verdadeiros pecados
ficaram por confessar. Era suposto dizerem do que se orgulhavam e do que
se arrependiam. Foco-me apenas num exemplo: A Senhora Doutora Susana
Prada arrepende-se, por exemplo, de, e cito, não ter implementado um
modelo de penalização para os municípios pelos excessivos consumos de
água, decorrentes das perdas na rede pública. Esta senhora tem cá uma
lata. Agora que, no caso de Santa Cruz, se começa efetivamente a
investir no combate às perdas, vem esta senhora arrepender-se de não nos
penalizar, esquecendo que durante trinta anos o partido que agora serve
nunca moveu um palha nessa matéria, mesmo em concelhos onde o
crescimento da população exigia uma postura séria e responsável.
Mas
isto a Senhora Doutora esquece e ignora deliberadamente. O importante é
penalizar os municípios, como se os municípios não fossem as pessoas
que aqui vivem. Mas, afinal, nada há de novo nesta posição da Doutora
Susana Prada. Este sempre foi o modus operandi do PSD. Quando deixou uma
dívida descomunal em Santa Cruz, queria aumentar o IMI para ser o povo a
pagar os seus desvarios. Agora, e porque durante trinta anos nada fez
para combater as perdas de água, quer penalizar esse mesmo povo pelas
suas falhas, faltas e esquecimentos. E de caminho alimentar mais uma
empresa pública: a ARM.
E é isto: três pontos de ordem e fica o retrato desta gente que nos (des)governa.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS DA MADEIRA"
26/01/20
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