HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Sindicato Independente dos Médicos
critica gastos de 39 milhões
com prestação de serviços
Sindicato defende que “continua o ataque ao SNS e à carreira médica”. E critica Ministério da Saúde por continuar a pagar, a empresas avulsas de serviços médicos, verbas “várias vezes superiores” às que despenderia com a remuneração do trabalho extraordinária dos médicos do SNS.
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O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denuncia que o Ministério
da Saúde continua a pagar a empresas avulsas de serviços médicos, verbas
“várias vezes superiores” às que despenderia com a remuneração do
trabalho extraordinário dos médicos do quadro do Serviço Nacional de
Saúde (SNS). Só nos primeiros cinco meses de 2016 foram gastos 39
milhões de euros com prestação de serviços médicos, alerta o SIM.
“A indesmentível crise dos Serviços de Urgência hospitalares não se
resolverá, antes tenderá a acentuar-se, com a manutenção de políticas
remuneratórias erradas, com a manutenção dos cortes na remuneração das
horas extra dos médicos do quadro do SNS ao mesmo tempo que se paga
valores várias vezes superiores a inúmeras empresas que enxameiam os
Serviços de Urgência”, afirma o SIM em comunicado.
O Sindicato dá conta que só nos primeiros cinco meses de 2016, o
Ministério da Saúde já gastou mais de 39 milhões de euros com prestação
de serviços médicos, verificando-se este ano, diz, “um aumento do peso
dos custos com as prestações de serviços comparativamente ao ano
anterior”.
Para o SIM a ausência de medidas que alterem a situação actual,
nomeadamente através da reposição do pagamento das horas extra aos
médicos do SNS,” prefigura um ataque ao SNS”.
Sindicato exige reposição do pagamento a 100% do valor das horas extras
No final de Maio, o Sindicato exigiu reposição do pagamento a 100% do
valor das horas extraordinárias e pediu na altura a intervenção do
primeiro-ministro.
Na altura, o secretário-geral do SIM disse que o conselho nacional
deste sindicato deu "luz verde" para que sejam tomadas medidas com vista
ao fim da "manutenção da injustiça do pagamento em 50% das horas
extraordinárias, ao mesmo tempo que persistem o pagamento às empresas de
mais do triplo desse valor".
Jorge Roque da Cunha lamenta, sobretudo, que ao mesmo tempo que o
Ministério da Saúde alega não ter meios para esta reposição, aceite
pagar 50 euros à hora às empresas de prestação de serviços médicos.
"Ao lado de um médico chefe de equipa que recebe cinco euros a mais
por cada hora extraordinária que faça pode estar um profissional sem
qualquer tipo de responsabilidade e a quem é pago 50 euros por essa
mesma hora", disse.
* Estamos completamente de acordo com o SIM. O SNS estaria melhor se não fossem os abutres das empresas de trabalho temporário de serviços médicos.
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