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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"Tenha vergonha ou demita-se": Movimento Zero arrasa Ministro
da Administração Interna
e ameaça parar o País
Polícias respondem às declarações de Eduardo Cabrita que negou haver "cada vez mais" polícias agredidos.
O Movimento Zero - composto por mais de 14 mil polícias - reagiu às
declarações do Ministro da Administração Interna que negava haver "cada
vez mais" polícias agredidos durante a durante a inauguração do quartel
dos Bombeiros Voluntários de Vialonga este domingo
Num manifesto sobre as declarações do ministro o movimento, criado há
cerca de três semanas, enumera os polícias que ficaram feridos e as
mortes que ocorreram no exercício das suas funções desde 2017 e sublinha
que Eduardo Cabrita não foi honesto nas suas declarações aos
jornalistas.
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"No dia 16 de Junho de 2019, na sua entrevista à comunicação social,
durante a inauguração do quartel dos Bombeiros Voluntários de Vialonga, o
senhor mentiu aos portugueses quando negou que 'haja cada vez mais
elementos das forças de segurança feridos em serviço'", afirma o
documento a que o Correio da Manhã teve acesso.
Ao longo do manifesto, o movimento zero salienta ainda que Eduardo
Cabrita justificou as suas declarações com "a estatística do terceiro
país mais seguro do mundo, fruto do claro aumento da proatividade dos
profissionais das forças de segurança". No entanto, essa mesma
proatividade foi cessada no dia 21 de maio
"Desde essa data que já é possível atestar o decréscimo da atividade
operacional da PSP e da GNR, nomeadamente em estatísticas da justiça
(detenções) e os números resultantes das contraordenações, assim como o
impacto financeiro que estas vão causar nos cofres do estado", apontam
ainda acrescentando: "Estes números só não são públicos, porque quer o
gabinete de S. Exª, quer a Direção Nacional da PSP e o Comando Geral da
GNR têm inundado a comunicação social com notícias sobre operações e
dados estatísticos que muito bem sabem não corresponder à verdade. Nós,
polícias, sabemos".
O movimento alega ainda que vai continuar "sem cedências" até ver as reivindicações atendidas.
"Tenha vergonha e demita-se ou, em sua honra, os cerca de 15 mil homens e mulheres da PSP e GNR vão parar o País", conclui.
O Movimento Zero nasceu da condenação de oito agentes da PSP por
agressões. Os membros que se juntaram ao movimento recusam-se a passar
multas e intervêm nos bairros problemáticos só em situações de extrema
gravidade.
* Um ministro que teve o espaço de uma ano em parceria com o ministro da Agricultura para dinamizar acções para evitar mais destruição pelo fogo e assiste pesaroso ao incêndio de Monchique, não pode ter qualquer pingo de vergonha.
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