HOJE NO
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Presidente da Associação de Proteção
e Socorro garante que INEM
vai voltar a colapsar
João Paulo Saraiva, presidente da Associação de
Proteção e Socorro, apela aos grupos parlamentares para que sejam
contratados 600 técnicos para o INEM.
O sistema do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vai
voltar a colapsar. O alerta foi dado pelo presidente da Associação de
Proteção e Socorro (APROSOC), João Paulo Saraiva, que garante que esse
colapso pode ocorrer repetidamente em períodos de férias e de
festividades. No entender do responsável, é urgente contratar mais
técnicos para dar resposta a todos os meios e centrais de emergência
médica, sem a necessidade de recorrer a trabalho extraordinário, o que
“custa aos contribuintes mais de três milhões de euros por ano”.
Em declarações ao i, João Paulo Saraiva afirma que, segundo o que os
sindicatos apuraram, “o INEM tem em relação ao ano anterior menos 405
trabalhadores”. Tal facto, diz, deve-se à saída de trabalhadores do
serviço de emergência por não se sentirem devidamente recompensados
pelas condições de trabalho que lhes são proporcionadas. O líder da
APROSOC explica ainda que os salários baixos, a falta de seguros
adequados e a proteção social face ao risco “não são atrativos para os
técnicos do INEM”. O responsável vai mais longe e diz que, “por questões
populistas”, o instituto tem vindo a aumentar o número de meios mesmo
sabendo não reunir o número de colaboradores suficientes para os
assegurar.
O líder da APROSOC acusa o INEM de não aumentar o número de quadros
afirmando “que desde há quatro anos para cá não houve qualquer
preocupação nesse sentido” por parte do serviço de emergência. Desta
forma, João Paulo Saraiva apela aos grupos parlamentares na Assembleia
da República para que seja feita uma intervenção urgente e pede a
contratação de cerca de 600 técnicos que estão em falta no INEM.
Questionado ontem à tarde sobre todos estes alegados problemas, o INEM preferiu não fazer qualquer comentário.
Sobrecargas de trabalho
Ao i, João Paulo Saraiva afirma que muitas das falhas que o Centro de
Orientação de Doentes Urgentes (CODU) apresenta se devem à sobrecarga
no trabalho e aos “turnos e mais turnos” que os trabalhadores fazem. O
líder da APROSOC aponta o período do Natal como sendo o mais crítico,
altura em que se verificam aumentos no tempo de espera de atendimento
das chamadas. “Isto acontece reiteradamente. Todos os anos isso
acontece”, afirma João Paulo Saraiva, referindo que muitos dos
trabalhadores metem baixa médica na altura do Natal – não pondo em causa
quem realmente está doente – “porque é a única possibilidade que têm de
gozar um período de descanso”. O líder alerta ainda que a APROSOC
recebe relatos de médicos, técnicos e enfermeiros que colaboram com o
INEM que dão conta da insatisfação e de “um grande sofrimento com aquilo
que se passa no INEM”.
Programa nacional de desfibrilhação automática
O presidente da APROSOC, em comunicado, disse ainda que o alargamento
do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (PNDAE) aos
órgãos de soberania significa a assunção pelo sistema da sua
incapacidade de resposta. João Paulo Saraiva acusa o INEM de privilegiar
“um grupo da sociedade em detrimento dos comuns cidadãos”, a quem o
socorro não chega a tempo e horas.
Relembra também que continuam a
morrer jovens em escolas e recintos desportivos a que o PNDAE não chega
de forma a chegar “aos cidadãos de primeira”, neste caso, os órgãos de
soberania. Em declarações ao i, o presidente da APROSOC refere-se ao
programa como sendo uma “falácia completa”.
* A "boa" política financeira do governo tem a ver com as famigeradas cativações, a falta de funcionários e o desinvestimento em equipamentos, já estamos numa fase crítica de incêndios e os meios de combate previstos não estão todos disponíveis.
Entretanto à revelia da EDP o autarca de Viana do Castelo manda cobardemente cortar a energia aos moradores do prédio Coutinho e o ministro do Ambiente aplaude.
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