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"PÚBLICO"
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Carlos Silvino diz que todos
são inocentes no processo Casa Pia
Carlos Silvino, o antigo motorista da Casa Pia condenado a 15 anos de
prisão por abusos sexuais de menores daquela instituição, disse na tarde
desta sexta-feira em tribunal que mentiu durante todo o julgamento do
caso, incriminando-se a si e a outros arguidos como o antigo
apresentador de televisão Carlos Cruz.
ESTÃO QUASE A SER
EX-CONSIDERADOS PEDÓFILOS |
Silvino, também conhecido por “Bibi”, está a ser
ouvido no Campus da Justiça de Lisboa, onde está a ser julgada a parte
do processo de pedofilia relativa aos crimes que terão sido cometidos
numa vivenda em Elvas.
Aquele que é o principal arguido no
processo de pedofilia afirmou ter mentido ao tribunal por pressão do seu
advogado à época, Manuel Dória Vilar, e dos inspectores da Polícia
Judiciária (PJ) que então o investigaram, tendo nomeado, em particular, a
inspectora coordenadora Rosa Mota.
Não é a primeira vez que
Silvino assume ter prestado falsas declarações em tribunal, embora nunca
o tenha feito em audiência de julgamento. Em Janeiro de 2011, numa
entrevista à revista Focus, Silvino negou a generalidade dos
factos dados por provados no julgamento da primeira instância e garantiu
que todos arguidos do processo eram inocentes. Garantiu ainda que nunca
transportou rapazes para as casas de Elvas, da Avenida da Forças
Armadas, em Lisboa, e outras referenciadas no processo, algo que voltou a
repetir na audiência desta sexta-feira.
“Nunca abusei de
nenhuma criança”, disse. “Sempre tive as minhas namoradas.” Silvino
justificou o facto de só agora denunciar as pressões de que diz ter sido
alvo por andar medicado aquando da realização do primeiro julgamento.
Contactada
pelo PÚBLICO, fonte oficial da Polícia Judiciária recusou fazer
qualquer comentário às declarações do principal arguido do processo Casa
Pia. E adiantou que a inspectora Rosa Mota, agora a prestar serviço na
Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, não está
autorizada a prestar declarações sobre o caso.
Já o advogado
Dória Vilar, que representou Carlos Silvino apenas na fase de inquérito
que precedeu o início do julgamento, negou ter exercido qualquer tipo de
pressão sobre o seu cliente. “Essas afirmações são infundadas e não têm
qualquer razão de ser”, disse ao PÚBLICO, acrescentando que não mais
voltou a contactar Silvino desde que o caso começou a ser julgado, em
Novembro de 2004.
* Parece um enredo de Kafka, para ainda ficar mais elaborado só falta as vítimas dizerem que imploraram aos violadores para as sodomizarem.
O dinheiro é capaz de tudo...
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