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IN "VISÃO"
28/04/17
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Marcelo: uma selfie com as claques?
Onde se fala de como o vídeo árbitro pode contribuir muito pouco para prevenir a violência no futebol e se sugerem regras para a sua aplicação futura
1. Combater a conflitualidade na
sociedade portuguesa foi, na campanha eleitoral, e tem sido, no terreno,
uma das prioridades do Presidente da República. A principal ferramenta
do Chefe de Estado, para atingir esse desiderato, é a da "proximidade",
conforme voltou a vincar, numa importante entrevista à Antena 1, esta
semana. Confrontado com as críticas de que aparece em demasiados sítios e
intervém demasiadas vezes sobre demasiados assuntos, Marcelo Rebelo de
Sousa defendeu-se com um argumento irrebatível: "Eu sou mesmo assim".
Pois bem: o Presidente da República é de um silêncio ensurdecedor, relativamente ao clima de guerra que existe numa importante atividade em Portugal e naquela que mais emoções e alarme social é suscetível de produzir: o futebol. Marcelo nunca teve uma palavra de alerta, apaziguamento ou pedagogia sobre a violência em torno do futebol, nunca apareceu no meio de uma claque a tirar selfies, nunca procurou aproximar fações desavindas, nem visitou a família do adepto italiano morto junto do Estádio da Luz. Nem ele, nem qualquer governante. O fenómeno tem passado completamente ao lado do poder político e das instituições do Estado. Nem Governo, através da tutela do Desporto ou da Administração Interna, nem Presidente, nem Assembleia da República, nem geringonça, nem oposição. Já houve uma morte. De quantas mais estão à espera?
O poder político não pode demitir-se. Compreende-se que evite intervir no futebol, temendo que seja, como é, um ninho de vespas. Em vez disso, políticos de vários quadrantes aparecem em tribunas de honra ao lado de presidentes de clubes, caucionando a sua atuação de principais responsáveis por esta selva. Será que o tema é aflorado naqueles camarotes presidenciais? Já moveram uma palha para sentar à mesma mesa dirigentes desportivos, chefes de claques ou líderes da opinião pública desportiva que todos os dias incendeiam o ambiente, mais um bocadinho, em comentários televisivos?
2. Uma das soluções que muitos reclamam para acalmar os ânimos, tornar mais transparentes as arbitragens e pacificar o futebol é a introdução do vídeo árbitro. O vídeo árbitro tende a ser, para o adepto comum, o tira-teimas milagroso que esclarecerá todas as dúvidas, originando decisões de arbitragem que todos aceitarão. Ora, temo que não seja nada assim. E alguém devia esclarecer as pessoas de que há muito poucos lances que o vídeo árbitro possa esclarecer, pelo menos, de forma a pôr toda a gente de acordo. E que a intervenção deste recurso tecnológico só é passível de ser aplicada numa margem muito reduzida de lances, continuando os mais polémicos a ficar de fora. De outra forma, o uso indiscriminado do vídeo árbitro, não só não resolveria os problemas de arbitragem, como poderia, mesmo, agravá-los.
O vídeo árbitro está na moda, nomeadamente, depois de se começar a ouvir uma nova expressão de futebolês: os «penaltis de televisão». Eu sei que é sedutora, para o adepto comum, a implantação do vídeo árbitro. Mas defendê-la incondicionalmente revela uma enorme dose de populismo. Dou apenas dois exemplos de situações em que a) o vídeo árbitro não vai resolver e b) em que, se fosse aplicado, agravaria a situação. Como as coisas estão, no primeiro "protocolo" de aplicação previsto, só os lances sem qualquer dúvida serão analisados. Os lances duvidosos, os tais que suscitam discussão, continuam como estão.
a) O vídeo árbitro será usado em situações de fora de jogo? Mas quais? Para validar um golo mal anulado? Sim, seria possível. Mas, ainda assim, como demonstrar que a equipa que defende, ou todos os seus jogadores envolvidos na jogada, não desistiram do lance quando ouviram o apito do árbitro? E quantos foras de jogo são mal assinalados antes de a bola entrar? Não resolve grande coisa. Neste caso, vai servir, isso sim, é para anular golos mal validados. Mas antevejo um problema: com o vídeo árbitro a decidir este tipo de lances, os árbitros tenderão a ignorar os offsides - e, depois, o vídeo que decida. (E atenção, as opiniões, que já ouvi, de que deveria acabar a regra do fora de jogo é de quem não entende o próprio jogo. O futebol só existe e é belo graças a essa regra. O fim do fora de jogo mataria o futebol, torná-lo-ia mais defensivo porque criaria aglomerados de jogadores, alternadamente, junto de cada uma das áreas, em jogo direto, permanecendo o resto do campo completamente inútil. Como acontece com os jogos de pavilhão, como o andebol, o basquete e o próprio futsal - mas aí, o espaço é pequeno...)
b) Mas as discussão entre comentadores, e entre adeptos, centram-se, sobretudo, sobre lances duvidosos, nomeadamente, na grande área. E as pessoas estão convencidas de que o vídeo árbitro pode vir a esclarecê-los. Ora, não pode e não vai. Se assim fosse, como fazer quando, como aconteceu em vários casos recentes e acontece quase sempre, mesmo depois da visualização do lance em câmara lenta, continua a haver duas opiniões? No "tribunal" do jornal O Jogo, por exemplo, é frequente a doutrina dividir-se sobre "se foi falta ou não foi falta". Ora, uma decisão do árbitro, em campo, teria de optar por um dos caminhos. E a análise a partir das imagens retirar-lhe-ia a atenuante de ter decidido a quente, sem as ter visto. Quando decidisse a frio, sobre um lance suscetível de dupla interpretação (a falta teve intensidade, não teve, chegou a tocar, não chegou, era o suficiente para cair, não era, teve intenção de jogar a bola com a mão, não teve, etc., etc.), o vídeo árbitro não anularia a discussão e, tendo o árbitro visto as imagens, cairia sobre os seus ombros uma responsabilidade insuportável - e redobrariam os processos de intenção. Seria muito mais perigoso ser árbitro e, sendo-o, sair do estádio vivo... É por isso que o vídeo árbitro não vai servir para o que os adeptos pensam que vai: ou seja, saber se é penálti ou não é. Por exemplo, nos lances deste ano, nos clássicos entre Benfica e Sporting, o vídeo árbitro nunca seria utilizado nos dois lances de alegada grande penalidade, na Luz, contra o Benfica. E nos três lances em Alvalade, contra o Sporting, talvez só no primeiro deles pudesse ser usado e, definitivamente, nunca no terceiro...
Ainda assim, sobram, aqui, outras discussões: quem faz a transmissão televisiva dos jogos, sabendo-se que a suspeição se estende relativamente aos operadores, como por exemplo, nas polémicas em torno da realização dos jogos consoante passem na BTV ou na SporTv? Quantas câmaras haverá em cada estádio de uma mesma competição, para garantir igualdade de tratamento? Por último, que novas discussões se poderão gerar a propósito de nomeações, desta vez, as das pessoas que controlariam, em cada jogo, o vídeo árbitro e o acionariam?...
3. Admitamos, agora, um período experimental com o vídeo árbitro, em protocolo mais alargado. Isto é, imaginemos que, no futuro, as equipas, incluindo a de arbitragem, podem pedir uma interrupção para ver imagens. Isto, com uma tripla intenção: primeira, ajudar os árbitros nas suas decisões. Segunda, atenuar o clima de ódio e suspeição em torno das arbitragens, sobretudo, nos programas televisivos e radiofónicos de comentário desportivo. Terceira, responsabilizar as equipas.
O vídeo árbitro poderia ser consultado a pedido das equipas, tendo elas direito a uma consulta em cada parte (em cada metade do jogo). Cada treinador teria 15 segundos para reclamar e só depois disso o lance poderia ser repetido, caso o jogo tivesse transmissão televisiva (os timings são ajustáveis).
Se tivesse razão, mantinha o direito para um próximo pedido e assim sucessivamente. Se não, gastava o crédito. Assim, só reclamaria quem estivesse muito seguro e atenuavam-se os protestos. Porque é legítimo alegar que, com a certeza da razão do protesto, se tem a hipótese de pedir a verificação da jogada. Se não pediu, não tem a certeza - e então é aceitável, também, o eventual erro do árbitro. A margem de reclamação basear-se-ia, somente, na hipótese de o árbitro se encontrar melhor colocado. Com isto, acabavam-se, também, algumas das discussões dos comentadores que andam a dar cabo do futebol.
Uma tal solução de compromisso permitiria o uso parcimonioso do vídeo árbitro, sem constantes interrupções nem aumento significativo do tempo de jogo.
Poderia também haver a hipótese de o árbitro consultar o vídeo, independentemente do pedido das equipas, quando tivesse dúvidas. Não sei se sim, ou se não, e quantas vezes, mas seria matéria a aperfeiçoar.
Todavia, ainda que inovações como estas viessem a ser adotadas, subsistiria, sempre, o problema dos lances duvidosos ou de dupla interpretação, em que o vídeo árbitro não chega para esclarecer - porque dois pares de olhos humanos, sobretudo se forem de clubes rivais, vêem sempre duas jogadas diferentes, mesmo que repetidas uma e outra vez... Ora, estes lances constituem a esmagadora maioria das razões de queixa das arbitragens.
No fundo, no caso de lances que persistem duvidosos mesmo depois do visionamento das imagens, só uma decisão coletiva, de vários árbitros, podia acabar com todas as dúvidas. Ou um computador, no lugar deles. Mas isso, julgo, só será possível... em teoria.
Ou seja, sem critério, o vídeo-árbitro podia tornar-se uma caixa de Pandora suscetível de incendiar ainda mais o futebol. Utilizado nos moldes corretos, corrige lances importantes, mas raros - estou a lembrar-me do golo com a mão do Thierry Henry, que apurou a França para um mundial... -, mas não serve para apaziguar o essencial da guerra em torno das arbitragens. E os adeptos, sobretudo aqueles que mais se queixam, deviam saber isto antes de pedir o vídeo árbitro por tudo e por nada.
Pois bem: o Presidente da República é de um silêncio ensurdecedor, relativamente ao clima de guerra que existe numa importante atividade em Portugal e naquela que mais emoções e alarme social é suscetível de produzir: o futebol. Marcelo nunca teve uma palavra de alerta, apaziguamento ou pedagogia sobre a violência em torno do futebol, nunca apareceu no meio de uma claque a tirar selfies, nunca procurou aproximar fações desavindas, nem visitou a família do adepto italiano morto junto do Estádio da Luz. Nem ele, nem qualquer governante. O fenómeno tem passado completamente ao lado do poder político e das instituições do Estado. Nem Governo, através da tutela do Desporto ou da Administração Interna, nem Presidente, nem Assembleia da República, nem geringonça, nem oposição. Já houve uma morte. De quantas mais estão à espera?
O poder político não pode demitir-se. Compreende-se que evite intervir no futebol, temendo que seja, como é, um ninho de vespas. Em vez disso, políticos de vários quadrantes aparecem em tribunas de honra ao lado de presidentes de clubes, caucionando a sua atuação de principais responsáveis por esta selva. Será que o tema é aflorado naqueles camarotes presidenciais? Já moveram uma palha para sentar à mesma mesa dirigentes desportivos, chefes de claques ou líderes da opinião pública desportiva que todos os dias incendeiam o ambiente, mais um bocadinho, em comentários televisivos?
2. Uma das soluções que muitos reclamam para acalmar os ânimos, tornar mais transparentes as arbitragens e pacificar o futebol é a introdução do vídeo árbitro. O vídeo árbitro tende a ser, para o adepto comum, o tira-teimas milagroso que esclarecerá todas as dúvidas, originando decisões de arbitragem que todos aceitarão. Ora, temo que não seja nada assim. E alguém devia esclarecer as pessoas de que há muito poucos lances que o vídeo árbitro possa esclarecer, pelo menos, de forma a pôr toda a gente de acordo. E que a intervenção deste recurso tecnológico só é passível de ser aplicada numa margem muito reduzida de lances, continuando os mais polémicos a ficar de fora. De outra forma, o uso indiscriminado do vídeo árbitro, não só não resolveria os problemas de arbitragem, como poderia, mesmo, agravá-los.
O vídeo árbitro está na moda, nomeadamente, depois de se começar a ouvir uma nova expressão de futebolês: os «penaltis de televisão». Eu sei que é sedutora, para o adepto comum, a implantação do vídeo árbitro. Mas defendê-la incondicionalmente revela uma enorme dose de populismo. Dou apenas dois exemplos de situações em que a) o vídeo árbitro não vai resolver e b) em que, se fosse aplicado, agravaria a situação. Como as coisas estão, no primeiro "protocolo" de aplicação previsto, só os lances sem qualquer dúvida serão analisados. Os lances duvidosos, os tais que suscitam discussão, continuam como estão.
a) O vídeo árbitro será usado em situações de fora de jogo? Mas quais? Para validar um golo mal anulado? Sim, seria possível. Mas, ainda assim, como demonstrar que a equipa que defende, ou todos os seus jogadores envolvidos na jogada, não desistiram do lance quando ouviram o apito do árbitro? E quantos foras de jogo são mal assinalados antes de a bola entrar? Não resolve grande coisa. Neste caso, vai servir, isso sim, é para anular golos mal validados. Mas antevejo um problema: com o vídeo árbitro a decidir este tipo de lances, os árbitros tenderão a ignorar os offsides - e, depois, o vídeo que decida. (E atenção, as opiniões, que já ouvi, de que deveria acabar a regra do fora de jogo é de quem não entende o próprio jogo. O futebol só existe e é belo graças a essa regra. O fim do fora de jogo mataria o futebol, torná-lo-ia mais defensivo porque criaria aglomerados de jogadores, alternadamente, junto de cada uma das áreas, em jogo direto, permanecendo o resto do campo completamente inútil. Como acontece com os jogos de pavilhão, como o andebol, o basquete e o próprio futsal - mas aí, o espaço é pequeno...)
b) Mas as discussão entre comentadores, e entre adeptos, centram-se, sobretudo, sobre lances duvidosos, nomeadamente, na grande área. E as pessoas estão convencidas de que o vídeo árbitro pode vir a esclarecê-los. Ora, não pode e não vai. Se assim fosse, como fazer quando, como aconteceu em vários casos recentes e acontece quase sempre, mesmo depois da visualização do lance em câmara lenta, continua a haver duas opiniões? No "tribunal" do jornal O Jogo, por exemplo, é frequente a doutrina dividir-se sobre "se foi falta ou não foi falta". Ora, uma decisão do árbitro, em campo, teria de optar por um dos caminhos. E a análise a partir das imagens retirar-lhe-ia a atenuante de ter decidido a quente, sem as ter visto. Quando decidisse a frio, sobre um lance suscetível de dupla interpretação (a falta teve intensidade, não teve, chegou a tocar, não chegou, era o suficiente para cair, não era, teve intenção de jogar a bola com a mão, não teve, etc., etc.), o vídeo árbitro não anularia a discussão e, tendo o árbitro visto as imagens, cairia sobre os seus ombros uma responsabilidade insuportável - e redobrariam os processos de intenção. Seria muito mais perigoso ser árbitro e, sendo-o, sair do estádio vivo... É por isso que o vídeo árbitro não vai servir para o que os adeptos pensam que vai: ou seja, saber se é penálti ou não é. Por exemplo, nos lances deste ano, nos clássicos entre Benfica e Sporting, o vídeo árbitro nunca seria utilizado nos dois lances de alegada grande penalidade, na Luz, contra o Benfica. E nos três lances em Alvalade, contra o Sporting, talvez só no primeiro deles pudesse ser usado e, definitivamente, nunca no terceiro...
Ainda assim, sobram, aqui, outras discussões: quem faz a transmissão televisiva dos jogos, sabendo-se que a suspeição se estende relativamente aos operadores, como por exemplo, nas polémicas em torno da realização dos jogos consoante passem na BTV ou na SporTv? Quantas câmaras haverá em cada estádio de uma mesma competição, para garantir igualdade de tratamento? Por último, que novas discussões se poderão gerar a propósito de nomeações, desta vez, as das pessoas que controlariam, em cada jogo, o vídeo árbitro e o acionariam?...
3. Admitamos, agora, um período experimental com o vídeo árbitro, em protocolo mais alargado. Isto é, imaginemos que, no futuro, as equipas, incluindo a de arbitragem, podem pedir uma interrupção para ver imagens. Isto, com uma tripla intenção: primeira, ajudar os árbitros nas suas decisões. Segunda, atenuar o clima de ódio e suspeição em torno das arbitragens, sobretudo, nos programas televisivos e radiofónicos de comentário desportivo. Terceira, responsabilizar as equipas.
O vídeo árbitro poderia ser consultado a pedido das equipas, tendo elas direito a uma consulta em cada parte (em cada metade do jogo). Cada treinador teria 15 segundos para reclamar e só depois disso o lance poderia ser repetido, caso o jogo tivesse transmissão televisiva (os timings são ajustáveis).
Se tivesse razão, mantinha o direito para um próximo pedido e assim sucessivamente. Se não, gastava o crédito. Assim, só reclamaria quem estivesse muito seguro e atenuavam-se os protestos. Porque é legítimo alegar que, com a certeza da razão do protesto, se tem a hipótese de pedir a verificação da jogada. Se não pediu, não tem a certeza - e então é aceitável, também, o eventual erro do árbitro. A margem de reclamação basear-se-ia, somente, na hipótese de o árbitro se encontrar melhor colocado. Com isto, acabavam-se, também, algumas das discussões dos comentadores que andam a dar cabo do futebol.
Uma tal solução de compromisso permitiria o uso parcimonioso do vídeo árbitro, sem constantes interrupções nem aumento significativo do tempo de jogo.
Poderia também haver a hipótese de o árbitro consultar o vídeo, independentemente do pedido das equipas, quando tivesse dúvidas. Não sei se sim, ou se não, e quantas vezes, mas seria matéria a aperfeiçoar.
Todavia, ainda que inovações como estas viessem a ser adotadas, subsistiria, sempre, o problema dos lances duvidosos ou de dupla interpretação, em que o vídeo árbitro não chega para esclarecer - porque dois pares de olhos humanos, sobretudo se forem de clubes rivais, vêem sempre duas jogadas diferentes, mesmo que repetidas uma e outra vez... Ora, estes lances constituem a esmagadora maioria das razões de queixa das arbitragens.
No fundo, no caso de lances que persistem duvidosos mesmo depois do visionamento das imagens, só uma decisão coletiva, de vários árbitros, podia acabar com todas as dúvidas. Ou um computador, no lugar deles. Mas isso, julgo, só será possível... em teoria.
Ou seja, sem critério, o vídeo-árbitro podia tornar-se uma caixa de Pandora suscetível de incendiar ainda mais o futebol. Utilizado nos moldes corretos, corrige lances importantes, mas raros - estou a lembrar-me do golo com a mão do Thierry Henry, que apurou a França para um mundial... -, mas não serve para apaziguar o essencial da guerra em torno das arbitragens. E os adeptos, sobretudo aqueles que mais se queixam, deviam saber isto antes de pedir o vídeo árbitro por tudo e por nada.
IN "VISÃO"
28/04/17
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