ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
"SÁBADO"
Comediante muçulmano substitui Trump
.no jantar de correspondentes
.no jantar de correspondentes
Donald Trump faltou ao jantar de correspondentes da Casa Branca. No jantar, a liberdade de expressão foi tema central
O jantar de correspondentes é uma cerimónia que junta, há 36 anos,
jornalistas de vários meios e publicações e o presidente dos EUA num
jantar de gala. Este ano Donald Trump quebrou a tradição, faltando ao
jantar.
Ao longo da campanha e do seu mandato, Donald Trump
acusou várias vezes os meios de comunicação de serem "desonestos" e de
se terem unido contra ele, acusações que voltou a fazer na festa do 100º
dia de presidência: "Não podia estar mais feliz do que estar a 100
milhas de distância [dos meios de comunicação de Washington]", afirmou o
presidente no jantar que aconteceu na Pensilvânia.
Em
Washington, no jantar de correspondentes, vários jornalistas falaram
sobre a liberdade de imprensa e a importância desta na sociedade.
No jantar estiveram presentes dois jornalistas americanos
históricos: Bob Woodward e Carl Bernstein, responsáveis pela reportagem
sobre o Watergate no The Washington Post, que levou ao impeachment de Nixon.
Woodward reconheceu que os jornalistas "como os políticos e os presidentes" cometem erros e vão "longe de mais". "Quando isso acontece, devemos admitir", acrescentou, afirmando ainda: "Sr. Presidente, os meios de comunicação não são 'notícias falsas'".
Woodward reconheceu que os jornalistas "como os políticos e os presidentes" cometem erros e vão "longe de mais". "Quando isso acontece, devemos admitir", acrescentou, afirmando ainda: "Sr. Presidente, os meios de comunicação não são 'notícias falsas'".
Hasan Minhaj, comediante e jornalista que integra a equipa do Daily Show, foi
o convidado encarregue de discursar no jantar de correspondentes, em
lugar de Donald Trump. Normalmente o presidente é o orador principal do
evento.
Quando subiu ao palco, Minhaj fez uma referência a Obama e à polémica que existiu em torno da religião do ex-presidente norte-americano, afirmando ser uma honra "um muçulmano estar neste palco pelo nono ano consecutivo".
No seu monólogo, Hasan Minhaj classsificou os jornalistas como "inimigo número um" do presidente: "Os piores inimigos são, por ordem: jornalistas, Daesh e gravatas com um comprimento normal".
Durante o discurso, o comediante da Comedy Central, fez várias referências a Donald Trump e aos "factos alternativos".
Sobre o facto de Donald Trump não estar presente, Hasan afirmou, num tom satírico: "Não está cá porque não sabe acatar com uma piada".
Minhaj referiu ainda que o líder dos EUA não bebe, chamando a atenção para o facto de todas as tomadas de decisão e tweets enviados terem sido feitos enquanto o presidente norte-americano estava sóbrio.
Foi também tema do monólogo o facto de a administração não estar presente no jantar. Segundo o apresentador, Betsy DeVos, a secretária da educação, estaria a "tomar atenção à colecção de lágrimas de crianças"; Rick Perry, secretário da energia, estaria numa sala cheia de plutónio à espera de se tornar o Homem Aranha e a mulher do vice-presidente, Mike Pence, não o terá deixado sair de casa.
Durante o seu discurso, Hasan atacou vários meios de comunicação, como o C-Span, a Fox News, a CNN, o Huffington Post ou o USA Today.
Quando subiu ao palco, Minhaj fez uma referência a Obama e à polémica que existiu em torno da religião do ex-presidente norte-americano, afirmando ser uma honra "um muçulmano estar neste palco pelo nono ano consecutivo".
No seu monólogo, Hasan Minhaj classsificou os jornalistas como "inimigo número um" do presidente: "Os piores inimigos são, por ordem: jornalistas, Daesh e gravatas com um comprimento normal".
Durante o discurso, o comediante da Comedy Central, fez várias referências a Donald Trump e aos "factos alternativos".
Sobre o facto de Donald Trump não estar presente, Hasan afirmou, num tom satírico: "Não está cá porque não sabe acatar com uma piada".
Minhaj referiu ainda que o líder dos EUA não bebe, chamando a atenção para o facto de todas as tomadas de decisão e tweets enviados terem sido feitos enquanto o presidente norte-americano estava sóbrio.
Foi também tema do monólogo o facto de a administração não estar presente no jantar. Segundo o apresentador, Betsy DeVos, a secretária da educação, estaria a "tomar atenção à colecção de lágrimas de crianças"; Rick Perry, secretário da energia, estaria numa sala cheia de plutónio à espera de se tornar o Homem Aranha e a mulher do vice-presidente, Mike Pence, não o terá deixado sair de casa.
Durante o seu discurso, Hasan atacou vários meios de comunicação, como o C-Span, a Fox News, a CNN, o Huffington Post ou o USA Today.
A esta gala assistem, por norma, várias celebridades sociais e
políticas, mas com a ausência de Trump - que estava num comício a marcar
o seu centésimo dia como presidente - a sala contava quase só com
jornalistas, havendo poucos membros da administração norte-americana.
Trump prometeu ir ao jantar no ano seguinte.
* USA, uma grande democracia idiosincrática, whatever.
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