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Carros abandonados nas oficinas
por falta de dinheiro
A falta de dinheiro está a levar cada vez mais portugueses a abandonar os carros, tanto na via pública como nas oficinas. A conclusão é de um levantamento da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA). Os dados referem-se ao primeiro semestre deste ano e dão conta de um aumento superior a 40%.
A ANECRA efetuou um levantamento a nível nacional
junto das autarquias e autoridades policiais, concluindo que o número de
veículos rebocados devido ao abandono na via pública subiu 40% no
primeiro semestre de 2012 face a igual período do ano passado.
Em
83% dos casos, as viaturas não são posteriormente reclamadas pelos
proprietários e declaradas abandonadas a favor das autarquias, que as
entregam a um operador de gestão de veículos em fim de vida devidamente
licenciado que lhes dará o destino adequado. Mas segundo a associação
"há casos em que os carros ficam ao serviço das autarquias ou são
vendidos".
Nos grandes municípios, como
Lisboa, além de haver muitos casos que não são denunciados, os parques
de recolha de veículos abandonados na via pública estão cheios. Caso
houvesse mais espaço nos parques, o número de veículos rebocados
duplicaria.
A ANECRA revela ainda que no Norte do país o número de
veículos abandonados é bem inferior aos municípios de Lisboa e zonas
circundantes (menos 50%).
Paralelamente,
a ANECRA, associação que representa os reparadores, fez idêntico
levantamento nas oficinas, concluindo que há igualmente um significativo
crescimento do abandono de carros por parte dos donos. O número de
casos aumentou 50% no primeiro semestre deste ano, por comparação com o
mesmo período do ano passado.
Segundo a
ANECRA, nesse período houve uma média de 5,9 veículos abandonados nas
oficinas no primeiro trimestre de 2011, número que subiu para 9,1 nos
primeiros meses deste ano. De todos estes veículos, 87% são abandonados
antes mesmo de serem reparados, e 13% depois de estarem prontos. Em
ambos os casos é uma prova de falta de dinheiro por parte dos donos.
Isto
porque, ainda segundo a ANECRA, a idade média dos carros abandonados se
situa entre os dez e os 15 anos, que era, no final de 2011, a fatia
mais significativa do parque circulante português (27,7%) de ligeiros de
passageiros, com 1 239 819 unidades. Ou seja: carros que circulavam
normalmente até terem necessidade de ser reparados.
* A notícia choca mas não surpreende, se há mães que dão leite de vaca a recém-nascidos por não poderem comprar leite adequado, com consequências terríveis para os bébés, o que vale um carro abandonado?
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