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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Qualificação técnica passa a ser
razão para rescisões amigáveis
Se uma empresa precisar de reforçar a qualificação técnica dos seus trabalhadores poderá chegar a um acordo para uma rescisão amigável.
Governo confirma que os empresários terão acesso a subsídio de desemprego e o corte de prestações sociais.
Pedro Mota Soares, ministro da Segurança Social, revelou esta
terça-feira que o Governo aprovou alterações nas regras do subsídio de
desemprego. Assim, decidiu “alargar o acesso [do subsídio de desemprego]
aos trabalhadores que são substituídos em processos que visam o reforço
de qualificação técnica” por parte das empresas, afirmou o ministro na
conferência de imprensa que se seguiu à reunião de Conselho de
Ministros.
Desta forma, o Executivo cria uma forma de empresas e trabalhadores
poderem rescindir os contratos de forma amigável para os casos em que as
empresas precisem de reforçar as competências técnicas da sua força
laboral.
Terão acesso ao subsídio “todos os quadros técnicos que sejam
substituídos em situações do reforço da qualificação das empresas, desde
que se mantenha o nível líquido de emprego anterior na empresa. Esta é
uma medida que é muito importante para o reforço da capacitação e da
modernização das nossas empresas”.
Pedro Mota Soares revelou também que o Executivo alargou o acesso ao
subsídio de desemprego a empresários. “A situação de encerramento de
empresas impõe que se crie uma protecção social para estes empresários”
que deixam de ter uma actividade profissional e ao mesmo tempo ficam sem
rendimentos, salientou.
O ministro adiantou que esta medida abrange 250 mil portugueses.
“Temos noção que esta protecção é especialmente importante” numa altura
em que a situação económica do país e em que o número de pequenas e
médias empresas que têm fechado tem aumentado.
Além destas duas medidas, o Governo aprovou ainda, tal como já tinha
anunciado, alterações nas prestações sociais, de forma a reduzir a
despesa com estas prestações.
“A alteração que tem a lógica de garantir que não é mais compensador”
estar a receber um apoio social “do que estar no mercado de trabalho”,
acrescentou.
Os subsídios de funeral e de morte também sofreram cortes.
Estas “medidas terão um efeito de cerca de 100 milhões de euros” no Orçamento do Estado.
* Uma fantochada, apenas se inventou mais um argumento para despedir. As empresas que têm elevadas exigências de empregados qualificados são um número reduzido no universo empresarial português. A tecnologia só é boa quando se banaliza e toda a gente da área sabe utilizá-la.
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